Céline Dion se apresenta na abertura da Olimpíada entenda a doença que afastou a cantora dos palcos
Esta é a primeira vez que a artista canta ao vivo desde que divulgou o diagnóstico de com a Síndrome da Pessoa Rígida (SPR)
A cantora Céline Dion foi uma das atrações da abertura dos jogos Olímpicos de Paris este ano.
Esta é a primeira vez que a artista se apresenta e canta ao vivo desde que divulgou ao mundo o diagnóstico de com a Síndrome da Pessoa Rígida (SPR). Céline esteve afastada do palco durante dois anos devido à condição.
No final do ano passado, a irmã da cantora, Claudette Dion, disse que a artista não tinha mais controle dos músculos.
"Ela trabalha muito, mas não tem controle dos músculos. O que me dói é que ela sempre foi disciplinada. Ela sempre trabalhou duro. (...) É certo que, nos nossos sonhos e nos dela, a ideia é voltar aos palcos. Em qual estado? Não sei. As cordas vocais são músculos e o coração também é um músculo ", contou em entrevista ao portal canadense 7 Jours.
Este ano, a artista compartilhou um pouco de sua rotina com a doença no documentário "I Am: Celine Dion" (Eu Sou: Celine Dion).
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A artista de 56 anos, conhecida por sucessos como "My Heart Will Go On", da trilha sonora de "Titanic", revelou em dezembro de 2022 que foi diagnosticada com a doença que causa dores, rigidez muscular, e que atinge uma ou duas a cada um milhão de pessoas.
Na produção, Céline presta uma série de depoimentos sobre a condição, que conta, inclusive, com uma cena de 10 minutos que retrata uma crise de espasmos vivida pela cantora. "Sempre que isso acontece, eu fico constrangida. Não sei nem descrever. Não é bom não ter controle do corpo", afirma a cantora no documentário.
O que é a síndrome da pessoa rígida (SPR)?
Diagnosticada pela primeira vez em 1956, a Síndrome da Pessoa Rígida (SPR) é uma condição rara e incurável, mas que pode ser tratada, caracterizada por afetar a coluna vertebral e o cérebro, causando um estímulo excessivo nos músculos, provocando tensão e rigidez muscular, além de espasmos dolorosos.
É uma doença extremamente rara, estima-se que afete cerca de uma a duas pessoas por milhão. A condição costuma surgir entre os 40 e 60 anos de idade apresentando-se, inicialmente, como espasmos intermitentes que evoluem, tornando-se contínuos. Somente cerca de 5% dos casos ocorrem na infância ou adolescência.
Quais são as causas da síndrome da pessoa rígida?
As causas ainda não são totalmente desvendadas, porém o diagnóstico é ligado a um caráter autoimune, quando o próprio sistema imunológico passa a atacar uma parte do corpo - neste caso, o sistema nervoso.
" Como é um caso em milhões, os cientistas não fizeram muita pesquisa, porque não afetou tantas pessoas ", lamenta a irmã de Céline.
Quais sãos os sintomas da síndrome da pessoa rígida?
- A síndrome da pessoa rígida doença pode causar:
- Rigidez e espasmos dolorosos, que são os principais sintomas da doença;
- Fortes dores nas articulações, principalmente nas costas e coluna;
- Rigidez acentuada que causa ruptura das fibras musculares, luxações e fraturas ósseas;
Deformidades nos braços e nas pernas devido à presença destes espasmos, se a doença não for tratada.
Normalmente, o paciente diagnosticado com essa síndrome, possui outras doenças autoimunes, como diabetes tipo 1, tireoide ou vitiligo. Apesar de ser rara, ela possui tratamento e pode ser curada, entretanto, pode ser demorado.
Como é o tratamento da síndrome da pessoa rígida?
A condição precisa ser tratada com o uso de medicamentos prescritos por especialistas. Em alguns casos, o paciente precisa ser internado na UTI para garantir o bom funcionamento de outros órgãos, como o coração, pulmão e rins durante o tratamento. Todo o processo pode várias de semanas a meses.
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A transfusão de plasma e o uso de anticorpo monoclonal anti-CD20 (rituximab) também podem ser indicados e tem bons resultados.