Sony recusa pedido da China para retirar Estátua da Liberdade de "Homem-Aranha: Sem Volta para Casa"
Segundo o CNBC, o filme poderia ter arrecadado mais de US$ 2 bilhões em vendas globais, se não tivesse sido barrado pelo comitê de censura chinês
O site Puck News revelou nesse domingo (1º) que as autoridades chinesas solicitaram que os Estúdios Marvel e a Sony Pictures retirassem as imagens da Estátua da Liberdade do filme “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”. O presidente da Sony, Thomas Rothman, recusou o pedido e por isso o filme segue sem ser exibido no país.
Se o pedido fosse acatado, diversas cenas do final do filme, incluindo as que muitos consideram ser as mais importantes, seriam deletadas. Logo após, segundo o site que publica histórias dos bastidores de Hollywood, a China pediu para que a Estátua da Liberdade fosse, pelo menos, minimizada nos cortes do filme.
O país ainda pediu que a cena do ator Tom Holland no topo da coroa da estátua fosse cortada por causa do seu teor patriota. No entanto, mais uma vez o CEO da Sony não aceitou os cortes, pois não tinha como ter certeza se mesmo depois das edições o filme seria exibido na China, e, além disso, os filmes estadunidenses não vêm apresentando um retorno financeiro tão bom quanto antes, segundo o Puck News.
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Os filmes anteriores do herói da Marvel, “Homem-Aranha: De Volta ao Lar”, de 2017, e “Homem-Aranha: Longe de Casa”, de 2019, faturaram, respectivamente, cerca de US$ 117 milhões e US$ 204.9 milhões, somente na China.
Segundo o CNBC, site especializado em notícias de negócios e mercado financeiro, o filme, que é o terceiro da franquia, poderia ter arrecadado mais de 2 bilhões de dólares em vendas globais, se o comitê de censura chinês não tivesse barrado o filme. Essa é uma marca que poucos filmes conseguiram atingir até hoje. Alguns deles foram: Avatar (2009), Vingadores: Ultimato (2019), Star Wars: O Despertar da Força (2015) e Vingadores: Guerra Infinita (2018).
“Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” faturou cerca de US$ 1.77 bilhão sem o lançamento na China. O país poderia ter sido responsável por, pelo menos, US$ 340 milhões, representando 10% das vendas de ingressos no mundo.