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Ciel Santos, a cultura popular e suas origens

Cantor, ator, bailarino e compositor, Ciel Santos apresenta seu álbum "Enraizado" na noite do sábado (11), na Caixa Cultural do Recife

Artista Ciel SantosArtista Ciel Santos - Foto: Reprodução/Diego Cruz

Arte, cultura popular e liberdade. Esses são os motes do espetáculo "Enraizado", do cantor, ator, bailarino e compositor Ciel Santos, natural da zona rural de Bezerros, num vilarejo chamado Sacapurana, no Agreste Pernambucano.

A noite do sábado (11) celebra o lançamento do seu primeiro disco, na Caixa Cultural do Recife. O álbum, gravado de forma independente, traz no repertório canções compostas para o espetáculo de mesmo nome, apresentado em agosto de 2017. Os ingressos custam a partir de R$ 15 e estão à venda na bilheteria da Caixa Cultural.

Dividido em dois atos com canções e textos autorais, Ciel traz a liberdade de ser e fazer o que quiser em todo o discurso do disco, e sempre ressaltando de onde veio. "'Enraizado' fala sobre as minhas raízes, dizendo que a árvore que eu sou hoje em dia tem muito a ver com o que eu aprendi quando era uma semente", enfatiza Ciel.

O roteiro faz uma narrativa dramático-musical, através da trajetória artística de quem é Ciel, desde a vida no Interior, sua fé, e os prazeres, passando pelas dificuldades enfrentadas pela androginia da sua voz e sua sexualidade.

São onze faixas, incluindo uma regravação da música Carcará, de João do Vale e José Cândido, sempre presentes no repertório do artista. O clipe de ‘Terra’, uma das faixas do CD, traz os pais de Ciel como protagonistas. A música é inspirada nos aboios do Interior, onde Ciel Santos nasceu e cresceu. Já ‘Transcendo’ é uma canção contra os maus pensamentos e mau agouro.



A dança, o teatro, a fotografia e a moda estão presentes nas referências do artista. O conceito visual do CD e do espetáculo faz uma alusão aos antigos retratos renascentistas, trazidos para o contexto do Agreste de Pernambuco, onde nasceu o artista, tendo como personagens os membros da família de Ciel.

“O Nordeste é uma referência muito forte no meu trabalho, e essa linguagem mais puxada para o Renascimento foi porque eu queria colocar minha família no lugar de nobreza, e eu sempre quis usar saia e batom, então esse espetáculo traz toda essa liberdade e a minha vontade de colocar esses elementos no palco”, conta o artista.

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O Artista
Dono de uma voz andrógina, Ciel tem influências da cultura popular nordestina intercambiada com ritmos latinos, jazz e música erudita. Formado em canto erudito pelo Conservatório Pernambucano de Música, o artista iniciou sua carreira na dança, aos 14 anos, no Balé Popular Papanguarte, no qual foi ator e bailarino durante 12 anos. Em 2009, após uma apresentação musical em Serra Negra, no Interior do Estado, mudou-se para o Recife, onde participou durante sete anos do grupo vocal dos Garçons Cantores do Manhattan Café Theatro.


Serviço:
Sábado (11), às 19h
Teatro Caixa Cultural (avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife)
Classificação etária: 16 anos
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)

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