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Música

'Cinema Apocalipse': Vanessa Bumagny lança disco com canções para 'embalar o fim do mundo'

Álbum tem participações de Zeca Baleiro, Chico César e Fernanda Takai

Vanessa Bumagny lança o álbum "Cinema Apocalipse"Vanessa Bumagny lança o álbum "Cinema Apocalipse" - Foto: Vanessa Curci

Contra as grandes adversidades que o mundo tem nos imposto, o que devemos fazer? Dançar. Essa é a resposta que a cantora e compositora paulista Vanessa Bumagny sugere em "Cinema Apocalipse", seu quarto álbum de carreira, que já está disponível nas principais plataformas digitais.

No álbum, canções com forte pegada da música eletrônica, das canções da dance music dos anos 80 e do universo pop trazem letras com mensagens que conversam com os desafios dos dias atuais. São canções feitas para embalar, nem que seja o fim do mundo se aproximando.

Depois de dançar entre o bolero e o arrocha nas já mostradas faixas "Quem Ama Sofre", parceria com Luiz Tatit, e "Cinema Ilusão", que ganhou videoclipe e tem co autoria com Zeca Baleiro e que tem vozes de Zeca e Chico César; expor seu medo e incerteza em "Canção para Ninar o Apocalipse" e expressar sua ansiedade e desejo visceral com "Fome de Tudo", também com Chico César, Vanessa apresenta mais seis faixas inéditas, dentre elas "A Ousadia", ao lado de Fernanda Takai. Ouça Cinema Apocalipse na sua plataforma digital favorita.

 

“Cinema Apocalipse'' reúne dez faixas, incluindo o poema "Lady Lazarus", originalmente de Sylvia Plath, musicado por Vanessa. Quem assina a produção do disco é Rafael Castro, selando ainda mais uma parceria iniciada em 2019, quando o produtor e músico pediu uma canção de Bumagny para produzir e incluir em seu disco.

"Levei minha parceria com o Luiz Tatit em 'Quem Ama Sofre', e gostei tanto do resultado que resolvi ficar com ela pra mim, não sem antes negociar com o Rafa e prometer que daria outra canção pra ele. Eu já estava procurando um produtor pra fazer um disco novo e naquele momento senti que tinha encontrado", explica. Segundo ela, o disco foi feito a partir dos anseios coletivos e dos desejos íntimos, como forma de resistência em tempos tão difíceis. "Eu tenho medo sim, vou confessar pra mim pra começar. Eu vou sonhar a solução inspirada pelo eclipse. Eu vou de máscara desmascarar esse vilão. Melhor não ir, não. Melhor ficar aqui e espera a tempestade de trovão", diz Vanessa na faixa "Canção Para ninar o Apocalipse". Nada mais contemporâneo.

Ao lado de Rafael Castro, Vanessa Bumagny foi construindo o disco durante a pandemia, em meio a muitos dos sentimentos vividos neste momento atípico, incerto e desafiador. Logo no início de sua audição, “Cinema Apocalipse'' ecoa "Tudo Está Bem” - Eles te querem exausto e triste, a alegria é a maior revolução que existe -, uma canção que celebra a reabertura gradual da vida em sociedade, a sobrevivência e a vida. O disco também fala de amor, ainda que de forma irônica e irreverente, como em “A Ousadia'”, que tem parceria e participação de Fernanda Takai, e “Eu Sei Ficar Só”. 

A artista
Bumagny despontou na música com seu debut "De Papel" (2003). Na sequência lançou "Pétala por Pétala" (2009), com produção assinada por Zeca Baleiro, e "O Segundo Sexo" (2014). Em 2018, a faixa "O Que For Melhor" virou trilha sonora da novela As Aventuras de Poliana (SBT); em 2019 teve a canção "Pétala por Pétala", uma parceria com Chico César, gravada por Daniela Mercury. Desde então mostra faixas do disco que chega, enfim, agora.

Leia a carta de Jean Wyllys sobre Cinema Apocalipse.

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