Claudia Liz recebe visita de Fernanda Lima e reflete sobre vida de modelo
"Claudia pisava numa passarela e era hipnotizante", disse Fernanda, em vídeo no Instagram
Supermodelo no fim dos anos 1980 e início da década de 1990 no Brasil, Claudia Liz recebeu em sua casa e ateliê a também ex-modelo e apresentadora Fernanda Lima, com quem conversou sobre os tempos de passarela. Atualmente artista plástica, a goiana de 54 anos falou, em vídeo publicado no Instagram, sobre seu estilo, que arrebatou a moda nacional e internacional naqueles anos.
"Para o pessoal mais novo, Claudia pisava numa passarela e era, assim, hipnotizante", disse Fernanda. "O que tu fazia que ficava todo mundo embasbacado?"
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"Sabe o que eu acho? Acho que era performance", disse a artista. "Quando cheguei e vi todas as mulheres, falei: 'Ih, não vou dar conta'. E aí, comecei a ir para a performance, para atitudes, para gestos. Você não desenvolve estilo por uma característica boa, mas pelo que te falta você tenta arrumar um jeito para aquilo que você gosta de fazer".
Era 1996, quando já era um dos nomes mais reconhecidos da moda brasileira e já havia estreado na TV e no cinema como atriz, Claudia ganhou ainda mais evidência ao se submeter a uma lipoaspiração que teve complicações logo na anestesia. Em quatro horas, a modelo e atriz estava internada no Hospital Albert Einstein, também em São Paulo, em coma induzido. Ela ficou quatro dias internada.
"Eu só sei que entrei numa clínica para fazer uma coisa e acordei em outro lugar, num hospital. Não tenho nada mais para falar', diz Claudia, que, na época, afirmou que "não pensaria em fazer outra cirurgia estética em clínica nenhuma".
O caso foi arquivado pela Justiça, em fevereiro de 1997, após um laudo médico afirmar que não havia evidências de erro médico.
Em um post em seu perfil no Instagram, Claudia Liz contou que decidiu fazer uma lipoaspiração depois de ouvir comentários sobre seu corpo. O estopim foi quando uma jornalista escreveu que ela estava gorda. "Era jovem, e me afetou muito", disse a modelo na época.
Após o coma, Claudia Liz ficou longe das câmeras durante algum tempo para recuperar a saúde. Ela retomou a carreira. Participando das novelas Pecado Capital (1998) e Uga Uga (2001), além dos filmes Hans Staden (1999) e Procuradas (2004).
Claudia Liz começou então a transição para a carreira de artista plástica, universo no qual ela já se arriscava desde menina. Ilustrou os livros “Millennial Mind”, “Lygia Fagundes Telles – Dossiê de Uma Imortal” e “Racismo Gourmet”, além de atuar no jornal Folha de São Paulo. É dela o mural em homenagem aos profissionais da saúde da Santa Casa de São Paulo que enfrentavam a pandemia da covid-19, e seus portraits estiveram em mostras coletivas em São Paulo e Paris. Obras suas integram o currículo escolar do ensino médio no Estado de São Paulo.