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MEMÓRIA

"Claudionor Germano - 90 Carnavais": exposição celebra trajetória do músico pernambucano

Mostra com itens selecionados da coleção do artista fica em cartaz no Centro Apolo-Hermilo

Claudionor Germano, cantorClaudionor Germano, cantor - Foto: Ed Machado/Arquivo Folha de Pernambuco

Sempre é tempo de celebrar a trajetória de um Patrimônio Vivo de Pernambuco. No caso de Claudionor Germano, as comemorações tiveram início ainda em 2022, quando o mestre completou nove décadas de vida, renderam um show especial em janeiro e homenagem no Carnaval deste ano, e deságuam agora em uma exposição. 

“Claudionor Germano - 90 Carnavais” abre para o público a partir desta terça-feira (2), na sala de exposição do Centro Apolo-Hermilo, localizada no bairro do Recife, onde seguirá até o dia 21 de abril, com acesso gratuito. As visitas ocorrem nas segundas, das 10h às 17h, e de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. Quando houver programação no Teatro Hermilo Borba Filho, o horário será estendido até 22h.

Realizada com patrocínio da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), a mostra promete um mergulho na história do músico a partir de uma coleção de registros dessa memória. Entre os itens selecionados para a ocasião, estão desde discos e compactos até honrarias e homenagens recebidas ao longo da carreira.

Outro destaque da exposição é o estandarte do bloco “O Menino do Frevo”, criado em homenagem a Claudionor, assim como o seu icônico boneco gigante, dois símbolos da indissociável ligação do artista com o Carnaval. Para ajudar a contar essa história, há também projeções e material audiovisual, acompanhados por uma linha do tempo. 

A mostra é também uma experiência sonora, além de visual. Os organizadores prepararam uma seleção de músicas gravadas na voz de Claudionor. Enquanto fixam seus olhos nos itens expostos, os visitantes escutam essa playlist, imersos em um ambiente musical completamente conectado à temática.

Em entrevista à Folha de Pernambuco, quando completou 90 anos de idade, o homenageado disse se sentir um felizardo por sua longevidade. “Não tenho do que me queixar, sinto que sou querido pelo povo de minha terra, sinto que há respeito pelo meu trabalho”, afirmou. 

Nascido no Recife, em 10 de agosto de 1932, Claudionor Germano iniciou a carreira há mais de 70 anos. Em 1947, integrou um conjunto musical denominado Ases do Ritmo, da Rádio Clube. Com o grupo, chegou a gravar o samba “Eu não posso viver sem mulher”, de Victor Simon e David Raw, e a marcha “Vai ser pra mim”, de José Roy, Vladimir de Melo e Orlando Monello.

Os frevos vieram com carga total quando o músico fechou contrato com a fábrica de discos Rozenblit. Por meio do selo Mocambo, lançou o disco com sua interpretação de “Boneca”, frevo-canção de Aldemar Paiva e José Menezes, em 1955, e o “Frevo nº 3”, de Antônio Maria, em 1957. Ele também foi o cantor da Orquestra de Nelson Ferreira durante muitos anos.

Intérprete favorito de Capiba, Claudionor já gravou 132 músicas do compositor pernambucano. No seu currículo, constam 23 LPs e oito CDs. Sua biografia, “Claudionor Germano: A Voz do Frevo”, foi editada pelo Cepe e lançada em 2017, com a assinatura do jornalista e crítico musical José Teles. 

Serviço:
“Claudionor Germano - 90 Carnavais”
Quando: desta terça-feira (2) até 21 de abril; segundas, das 10h às 17h, e de terça a domingo, das 10h às 18h
Onde: Centro Apolo-Hermilo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife)
Entrada gratuita 
Informações: (81) 3355-3321 / 99112-2622
 

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