Como a Polícia Civil do DF chegou ao suspeito preso por divulgar as fotos de Marília Mendonça
Denúncia levou os investigadores à casa do homem de 22 anos, que confessou ter compartilhado as imagens nas redes sociais
Uma denúncia anônima levou a Polícia Civil do Distrito Federal a identificar o homem de 22 anos suspeito de divulgar as imagens dos corpos dos cantores Marília Mendonça, Gabriel Diniz e Cristiano Araújo, que morreram em acidentes trágicos. Ele foi preso em Santa Maria (DF) nesta segunda-feira.
Com base na denúncia, os investigadores conseguiram um mandado de busca e apreensão para vasculhar a casa do suspeito. Ao chegar no local, ele confessou que divulgava as imagens pelo Twitter para conseguir engajamento e foi detido em flagrante.
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Chefiada pelo delegado Eduardo dal Fabbro, a equipe da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) fez investigação com base em fontes abertas da internet. O celular e o computador do suspeito foram confiscados para verificar como ele conseguiu ter acesso às imagens.
Segundo Fabbro, o suspeito é acusado do crime de vilipêndio de cadáver, cuja pena prevista é de 1 a 3 anos de prisão, além de multa. A classificação faz parte do capítulo que trata dos crimes "contra o respeito aos mortes" do Código Penal Brasileiro.
Entenda o caso
Registros fotográficos do laudo de autópsia da cantora Marília Mendonça foram amplamente divulgados nas redes sociais nos últimos dias. O vazamento das imagens, que mostram detalhes do corpo da cantora após o acidente de avião que causou sua morte, causou indignação em fãs, familiares e colegas.
A família da cantora decidiu entrar com uma ação na Justiça para buscar esclarecimentos e requerer uma indenização. As imagens da necropsia da goiana — registradas pelo Instituto Médico Legal em novembro de 2021 — começaram a ser compartilhadas na última quinta-feira (13).
Os primeiros indícios apontam que as imagens foram captadas de um computador dentro de uma unidade policial, como relata ao GLOBO uma pessoa próxima à família de Marília Mendonça. Uma investigação interna, promovida pela Superintendência de Informações e Inteligência Policial da Polícia Civil de Minas Gerais, já está em curso.