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POLÊMICA

Compositor de 'AmarElo', de Emicida, desmente Duda Beat, e cantora apaga post após polêmica

Acusada de plagiar rapper paulistano em nova canção gravada com Juliette, Duda publica esclarecimento, mas logo o apaga

Emicida e Felipe VassãoEmicida e Felipe Vassão - Foto: Reprodução/Instagram

A cantora Duda Beat se manifestou, por meio das redes sociais, na tarde desta quarta-feira (18), para esclarecer a polêmica em que foi envolvida, depois de ser acusada de plagiar Emicida. Cerca de dez minutos após a publicação, no entanto, a artista excluiu o post.

No texto divulgado no Twitter, ela afirmava que Felipe Vassão — um dos compositores de "AmarElo", álbum premiado do rapper paulistano — estaria inicialmente envolvido na equipe de "Magia amarela", letra lançada na última terça-feira (17) por Juliette e Duda Beat. O músico, no entanto, nega essa informação.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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"Não tenho nenhum envolvimento com a nova música 'Magia Amarela' da Juliette e Duda Beat", escreveu o músico, compositor e produtor Felipe Vassão, minutos após a divulgação do texto de Duda Beat, por meio de publicação no Instagram.

O novo trabalho interpretado por Juliette e Duda Beat faz parte de uma campanha publicitária da marca de alimentos Bauducco e traz semelhanças com o álbum "AmarElo", do rapper paulista.

Nas palavras do empresário, produtor e músico Evandro Fióti, irmão de Emicida, a obra realiza "apropriação e plágio" desse projeto e mostra a "falta de ética nesse mercado (musical)".

Fióti afirma que levará o caso para a Justiça. O assunto se tornou um dos temas mais comentados na internet nesta quarta-feira (18).

 

O que disse Duda Beat?
Na nota de esclarecimento publicada (e logo apagada) por Duda Beat, a equipe da cantora ressaltou que "a artista foi contratada pela marca Bauducco, através da Agência Galeria, para ser um dos talentos da campanha publicitária e intérpretes da canção 'Magia amarela' ao lado de Juliette".

A assessoria de imprensa da pernambucana frisou, nesse mesmo comunicado, que ela não participou de maneira criativa na concepção da campanha.

E mais. Duda Beat teria reconhecido as semelhanças entre "AmarElo" e "Magia amarela" quando recebeu a letra da música para gravar.

"Porém, desde o primeiro contato entre agência e escritório da artista, ainda na fase de negociação, o nome de Felipe Vassão (um dos autores do projeto musical e da canção 'AmarElo') estava citado no escopo da campanha como autor da faixa comercial (que ainda não existia e nem tinha o nome de 'Magia amarela')", continuava a nota, destacando que a exclusão de Vassão do time de autores não havia sido informada.

Como Juliette se manifestou sobre a acusação de plágio?
Após a repercussão da polêmica, Juliette se manifestou por meio das redes sociais e frisou que busca esclarecimentos com aqueles que a contrataram.

"Informamos que a música 'Magia amarela' faz parte de uma campanha publicitária e que Juliette foi contratada como uma das intérpretes para este trabalho audiovisual", afirmou, por meio de nota, a assessoria de imprensa da cantora e ex-BBB, nesta quarta-feira (18).

"A equipe da cantora está em contato com os contratantes responsáveis pela criação e produção da campanha para mais esclarecimentos", acrescentou.

Fióti diz que Emicida foi procurado
O músico e produtor Evandro Fióti conta que a mesma marca tentou negociar uma parceria com Emicida, mas que as reuniões não avançaram, já que não houve um acordo entre ambos os lados.

"Essa parte é mais chocante ainda! Essa música faz parte de uma estratégia de marketing de reposicionamento de uma marca", afirmou ele, na tal transmissão ao vivo no Instagram.

"Essa marca negociou com a gente. Só que não chegamos a um acordo, tanto por cronograma e por prazo quanto por questões financeiras, porque a verba que eles tinham não justificava a entrega que tínhamos que fazer", ressaltou Fióti, na mesma ocasião.

Caso vai para a Justiça
Evandro Fióti ressalta que buscará meios jurídicos para resolver a situação. "A gente vai usar a diplomacia, como a gente sempre usou. Mas o ódio organizado é um ótimo instrumento de luta. E a gente precisa canalizar o ódio para algo que mude a percepção das pessoas nesse mercado que a gente vive", destacou o músico durante uma live realizada no Instagram.

"Reflitam sobre isso de verdade. Tem banda de artistas brancos, que a gente encontra em todo lugar, que mal lançou um disco e em um ano já ganhou o Grammy. A gente levou 12 anos para ganhar o Grammy. E o trabalho com o qual a gente ganhou o Grammy acabou de ser roubado conceitualmente", afirmou Fióti, por meio da transmissão ao vivo em suas redes sociais.

"Tem noção do ódio que isso gera? Tem noção da vontade de botar fogo em tudo? É isso o que eles esperam da gente, mas não vou usar essa arma", acrescentou ele.

"Não adianta levantar punho cerrado na época do George Floyd ou colocar hashtag no Twitter se você faz uma porr* dessa ou é conivente com isso. Você contribui assim com a mesma estrutura de novo", continuou Fióti.

No Twitter, por meio de outro post, Fióti reforçou que está "indignado" com o caso e ponderou que não deseja uma onda de ódio (ou "hate", como se diz no linguajar americanizado das redes sociais) sobre os nomes de Juliette e Duda Beat.

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