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Netflix

Crítica: 'Reality Z' abraça o trash sem medo

Série brasileira da Netflix estreia nesta quarta-feira e simula reality show em meio a um ataque zumbi

Sabrina Sato está entre os zumbis do elenco de 'Reality z'Sabrina Sato está entre os zumbis do elenco de 'Reality z' - Foto: Suzanna Tierie/Netflix/Divulgação

A nova série brasileira da Netflix, “Reality Z”, possui uma estranha semelhança com a realidade. Na trama, que chega ao serviço de streaming nesta quarta-feira (10), a casa de um reality show de confinamento se transforma no único lugar seguro durante um repentino ataque zumbi. É irônico que, há apenas alguns meses, os participantes do Big Brother Brasil tenham se tornado algumas das poucas pessoas livres do novo coronavírus. 


O paralelo com a vida real, no entanto, não passa de mera coincidência. É que o seriado, dirigido e idealizado por Cláudio Torres (“A mulher invisível” e “O homem do futuro”) é uma adaptação da produção britânica “Dead Set”, lançada em 2008 por Charlie Brooker, criador de “Black Mirror”. Na versão brasileira, a cidade do Rio de Janeiro vira o cenário de uma pandemia catastrófica, que transforma parte da população em um exército de mortos-vivos sedentos por carne humana.

Ao longo de dez episódios, a série mostra a saga de participantes e produtores do programa “Olimpo: a casa dos deuses”. Nina (Anna Hartmann), uma produtora insatisfeita com o trabalho, lidera o grupo de sobreviventes confinados nos estúdios. Os perigos vêm de todas as partes. Até mesmo a apresentadora do programa, interpretada por Sabrina Sato (que fez parte do BBB em 2003), se transforma em um monstro. Em paralelo, a trama acrescenta personagens e temáticas bem brasileiras, como o deputado que passa por cima de todos com seu poder e influência e os policiais que se corrompem em troca de dinheiro. 

São claras as referências a “The Walking Dead” e outras produções envolvendo zumbis. Não há muita originalidade nas cenas, que repetem situações comuns ao gênero, como cabeças esmagadas e supermercados saqueados. A graça de “Reality Z” está em abraçar seu lado trash sem medo. Celebrando o terror e a cultura pop, a série agrada mais pelo humor do que pelo susto - embora os elementos visuais, com sangue jorrando e órgãos expostos, não sejam inferiores aos produzidos internacionalmente.

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