"Cura pelas palavras", novo livro de Rupi Kaur, traz detalhes sobre a trajetória da autora na poesia
Autora já vendeu quase 700 mil exemplares no Brasil e mais de 11 milhões no mundo
Uma das mais celebradas artistas da palavra em todo o mundo e o maior fenômeno da poesia dos últimos tempos, Rupi Kaur já vendeu mais de 11 milhões de exemplares em todo o mundo com as obras outros jeitos de usar a boca, o que o sol faz com as flores e meu corpo minha casa, sendo que quase 700 mil foram no Brasil. Agora, "Cura pelas palavras", quarto livro da escritora, lançado em ocasião da vinda de Rupi para São Paulo durante turnê mundial, é lançado nessa quarta-feira (15).
A poeta traz exercícios guiados de escrita criados por ela a fim de inspirar a criatividade e a cura. Ela conta na introdução que a ideia do livro surgiu quando estava dando oficinas de escrita em lives no Instagram durante a pandemia de covid-19. "Era um momento de muita ansiedade e incerteza, e eu ansiava por me conectar com outras pessoas porque, no fim das contas, nós só temos uns aos outros. Dar essas oficinas me mostrou quantas de nós precisavam de permissão para tirar dez minutos do dia para escrever por nós mesmas.", ela escreve.
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Na abertura de cada um dos capítulos (feridas, amores, rupturas, cura), Rupi compartilha detalhes de sua trajetória pessoal, abordando temas como o abuso sexual e físico que sofreu -- e que foi a elaboração do que tinha se transformado em um trauma e a silenciava o chamariz para começar a escrever -, a busca pela cura, amor e sexualidade. Os exercícios elaborados por Rupi no livro, também ilustrado por ela seguem o fluxo da consciência e buscam inspirar a criatividade e a cura por meio do acesso ao mundo interior.
"Sempre digo que precisei de vinte e um anos para escrever meu primeiro livro, outros jeitos de usar a boca. O primeiro projeto artístico que você dá à luz é assim. É uma soma de todos os anos que você viveu antes dele. outros jeitos de usar a boca não foi algo que escrevi; foi algo que aconteceu comigo. Uma experiência sensorial completa. Até hoje, a escrita desse livro permanece como uma das experiências mais catárticas da minha vida. Às vezes, fecho meus olhos e penso nesses anos. 2010. 2011. 2012. 2013. 2014. Como eu era vulnerável a receber. A dar. A sentir. Como era despedaçada. Como era crua. Como sangrava."