Estreia

"Cursed - A Lenda do Lago", da Netflix, traz releitura do mito do rei Artur

Baseada em um trabalho de Frank Miller, série conta com a atriz Katherine Langford no papel da destemida Nimue

Protagonista já estrelou a série "13 Reasons Why”, também da NetflixProtagonista já estrelou a série "13 Reasons Why”, também da Netflix - Foto: Netflix/Divulgação

O mito do rei Artur já foi abordado de diferentes maneiras ao longo dos séculos, inspirando obras na literatura, nas artes visuais, na TV e no cinema. “Cursed – A Lenda do Lago”, série que a Netflix estreia hoje, traz uma nova versão da fábula, desta vez contada a partir do ponto de vista de uma personagem menos conhecida.

Dividida em dez episódios, a trama traz como protagonista Nimue, a Dama do Lago, que na lenda original é uma fada responsável por proteger e entregar a espada mágica Excalibur para Artur. A personagem é interpretada pela atriz australiana Katherine Langford, que interpretou a adolescente Hannah Baker em “13 Reasons Why”. 

O seriado é baseado em um livro homônimo, escrito por Tom Wheeler e com ilustrações do renomado quadrinista Frank Miller. Na história, a pacata aldeia onde Nimue vive é destruída por uma missão católica conduzida pelo padre Carden (Peter Mullan, Ozark) e seus Paladinos Vermelhos. Para salvar o que sobrou do seu povo, os feéricos, a garota precisa entregar ao famoso mago Merlin (Gustaf Skarsgård) uma espada ancestral que empodera quem a possui. Nesta jornada, ela conta com a ajuda do mercenário Artur (Devon Terrell, Barry) e da noviça Igraine (Shalom Brune-Franklin). 

“Cursed” chega para se juntar a outras produções ambientadas na Idade Média, como “Game Of Thrones”, “Vikings” e “The Witcher”. É provável que o espectador sinta certa repetição, já que encontrará na nova série elementos comuns a outras fantasias medievais, como batalhas sanguinolentas, seres mágicos, reis em disputa e heróis marcados pelas mãos do destino. 

Um diferencial da obra da Netflix é sua identidade visual completamente inspirada no trabalho de Miller. A passagem de uma cena para outra é feita através de animações, que carregam o traço do cultuado desenhista. O que também pode ser um atrativo é o fato de ser uma releitura moderna de um clássico. Ao falar de perseguição às minorias, intolerância religiosa e destruição da natureza, colocando mulheres, negros e pessoas com diferentes orientações sexuais em papéis de destaque, a série se mostra em total consonância com um público que exige se sentir cada vez mais representado na tela.   

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