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GUERRA ISRAEL-HAMAS

De demissão de estrela de 'Pânico' à reunião com Tom Cruise: como Hollywood lida com a guerra

Melissa Barrera foi demitida de 'Pânico VII' por posts em apoio à Palestina

Melissa Barrera em "Carmen"Melissa Barrera em "Carmen" - Foto: Reprodução/ Instagram

O conflito Israel x Hamas vem repercutindo em Hollywood. A maior indústria cinematográfica do mundo vem acumulando casos de profissionais sendo alvo de críticas por manifestarem suas opiniões nas redes sociais.

Nesta terça-feira (21), foi anunciada a demissão de Melissa Barrera de "Pânico VII". A atriz vem fazendo constantemente posts de cunho pró-Palestina, o que gerou críticas na indústria. “Gaza está sendo tratada atualmente como um campo de concentração”, escreveu a atriz em post nos Stories do Instagram. “Encurralar todos juntos, sem ter para onde ir, sem eletricidade, sem água… As pessoas não aprenderam nada com a nossa história. E assim como nossas histórias, as pessoas ainda assistem silenciosamente a tudo acontecer. ISSO É GENOCÍDIO E LIMPEZA ÉTNICA.”

Produtora responsável pela saga "Pânico", a Spyglass se pronunciou oficialmente em comunicado divulgado pela Variety: "Temos tolerância zero com o anti-semitismo ou com o incitamento ao ódio sob qualquer forma, incluindo falsas referências ao genocídio, à limpeza étnica, à distorção do Holocausto ou a qualquer coisa que ultrapasse flagrantemente os limites do discurso de ódio."

Já Susan Sarandon, atriz vencedora do Oscar, foi dispensada por sua agência, a UTA (United Talent Agency), após postar: "Mantenha a Palestina em seus corações, reze pelos palestinos… E obrigada à comunidade judaica que está nos apoiando". Agentes da UTA também pressionaram a agência para dispensar o escritor Ta-Nehisi Coates após ele assinar uma carta aberta que desumanizaria Israel, mas a empresa ainda o manteve no quadro de clientes.

Na CCA, outra importante agência de talentos de Hollywood, a agente Maha Dakhil chegou a ser dispensada do cargo de codiretora do departamento cinematográfico após publicar nas redes o texto: "O que é mais doloroso do que testemunhar um genocídio? Testemunhar a negação de que o genocídio está acontecendo".

Dakhil ainda se manteve como agente após receber o apoio de funcionários e de clientes importantes. Tom Cruise chegou a fazer uma rara visita ao escritório da agência para participar de uma reunião e demonstrar seu apoio à profissional. Apesar de não demitir Dakhil, a CCA rompeu com um agente e dois clientes não identificados em razão de comentários em apoio à causa palestina.

Dentro da agência WME, profissionais foram obrigados a assistir a palestras e apresentações de rabinos sobre o atual conflito envolvendo Israel, o que irritou algumas pessoas. A agência foi pressionada pelo produtor Marc Platt, de "La La Land", a romper o contrato com o ator e roteirista Boots Riley, que foi crítico das sessões organizadas em cinema para mostrar imagens de guerra que mostrariam ataques do Hamas, o que classificou como propaganda de Israel. Até o momento, no entanto, Riley segue cliente da agência.

No momento, Hollywood se vê em meio a um debate que envolve liberdade de expressão e muita pressão política.

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