Delegada sobre morte de fã: "Só em até 30 dias, saberemos se ela morreu devido ao calor"
Laudo de necropsia foi inconclusivo e perícia solicitou mais exames. O corpo de Ana Clara Benevides já foi liberado
Com um laudo de necropsia inconclusivo e a solicitação da perícia por exames de toxicologia e histopatologia, a Polícia Civil só poderá determinar em até 30 dias se Ana Clara Benevides morreu por calor excessivo dentro do Estádio Nilton Santos na última sexta-feira quando assistia o show da cantora norte-americana Taylor Swift. De acordo com a delegada Juliana Almeida, titular da 24ª DP, Ana Clara teve três paradas cardiorrespiratórias e uma hemorragia no pulmão, mas que ainda é prematuro afirmar a causa da morte da jovem.
- O laudo de necropsia não foi conclusivo e o perito solicitou exames complementares de toxicologia e histopatologia. Apesar do laudo indicar que a hemorragia no pulmão pode ser um caso de insolação, ainda não é conclusivo. É prematuro afirmar que ela morreu por causa do calor. Outras causas não estão descartadas. O que sabemos é que ela teve três paradas cardiorrespiratórias e veio a óbito. Só em até 30 dias saberemos se ela morreu devido ao calor - explica a delegada.
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A delegada afirmou ter ouvido o depoimento de José Weiny Machado, pai de Ana Clara Benevides, e da amiga que estava com a jovem quando ela começou a passar mal durante o show da cantora Taylor Swift . O corpo de Ana Clara já foi liberado.
- Segundo o pai dela, ela era um jovem que não tinha doenças preexistente e ele também não tinha o conhecimento de que ela tomava medicamentos. Temos que aguardar os resultados desses exames para definir a causa de morte. Somente então que a 24 ª DP vai dizer se existe responsabilização penal ou não e se alguém da produção do show vai responder culposamente. Existe uma responsabilidade civil, mas penal ainda não sabemos porque não sabemos do que a Ana Clara morre - completa Juliana.