MP arquiva denúncia de racismo feita contra Ana Paula Minerato por falta de provas; entenda
Caso aconteceu em novembro do ano passado
O Ministério Público de São Paulo decidiu arquivar a denúncia de injúria racial feita contra Ana Paula Minerato.
Em um áudio vazado, ela teria feito ofensas racistas contra a cantora Ananda, do grupo Melanina Carioca.
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A informação foi dada primeiramente pelo site Notícias da TV.
Na sua decisão, o promotor Carlos Alberto Scaranci Fernandes argumentou que a queixa não foi suficiente para seguir com o processo e o caso foi encerrado por falta de provas.
“Examinando o expediente, tenho que não há justa causa para prosseguir”, afirmou o magistrado.
"Somente resta providenciar o arquivamento, uma vez que não há justa causa para apuração de crime”, concluiu.
Entenda o caso
O caso aconteceu em novembro do ano passado.
Ex-panicat e ex-participante de duas edições do reality show "A fazenda", da Record, a paulista de 33 anos chegou a admtir que proferiu as falas com discriminação racial em áudio vazado atribuído a ela — as palavras foram ditas numa conversa por telefone com o ex-namorado, o rapper Kt Gomez, como a própria Ana Paula confirmou.
"Estou muito mal, gente. Muito mal, muito mal. Sei que o que resultou nisso foi algo horrível. Até quero pedir desculpa para todo mundo que se sentiu atingido e ofendido , porque realmente foi uma ofensa a uma pessoa que eu nem conheço. Então, quero pedir desculpa para todo mundo: para a Ananda, de verdade. Está aqui registrado meu pedido de perdão", afirmou Ana Paula Minerato, chorando muito, em vídeo publicado no Instagram.
"Foi um erro. Mais uma vez eu reitero o meu pedido de perdão", complementou a modelo.
Em entrevista ao Globo, Ananda afirmou que Minerato não ofendeu apenas a ela, mas a toda uma comunidade, e que esperava que a ajustiça fosse feita.
Sobre o vídeo publicado pela modelo em suas redes sociais na terça-feira (26) pedindo desculpas aos prantos, Ananda foi categórica: "Show de coitadismo".
"Ela não me ofendeu. Ela feriu uma comunidade que é morta pela cor de sua pele, não se trata apenas de mim. Espero que a justiça seja feita. As pessoas querem ela presa, mas, pela impunidade acerca desses crimes de racismo, pode ser que não seja. Precisamos entender de que forma ela vai pagar. Não tem desculpa para crime" afirma a cantora.
"Nunca passei por algo assim. A gente que tem traços negroides sofre provocações mais veladas. A impunidade está tão grande que não só as pessoas negras retintas estão sendo colocadas no discurso de ódio"