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Música

Detonautas Roque Clube lança inédita "Carta ao futuro"

Single com apelo social e defesa da democracia do país ganha clipe em animação

DetonautasDetonautas - Foto: Divulgação

Detonautas Roque Clube continua em produção de novas canções mesmo durante o isolamento e chega neste mês de agosto, nas plataformas digitais, com “Carta ao futuro” (Tico Santa Cruz / DRC). Novo single é lançado pela Sony Music e ganha clipe assinado pela Seven Digital Content. “Carta ao futuro” levanta as questões sociais enfrentadas e vividas neste momento pelo Brasil.

“Desejamos que a música seja uma carta em defesa da democracia e do social do nosso país”, reflete Tico Santa Cruz. Com letra de Tico Santa Cruz e música dos integrantes da banda, a canção produzida por Tico Santa Cruz, Phil e Renato Rocha, com voz, vocais e bateria gravados no Estúdio Mobilia Space, teve demais instrumentos gravados pelos respectivos músicos em seus estúdios caseiros, em junho de 2020. A canção tem participação especial do multi-instrumentista e produtor Marcelo Sussekind, que toca guitarra na faixa e assina a mixagem.

Carta ao Futuro ganha videoclipe com animação que conta, de maneira lúdica, o sentimento dos brasileiros diante do obscurantismo que tomou conta do país. A gestão da saúde em plena pandemia e a democracia são retratadas e simbolizadas através de zumbis que aterrorizam Brasília.

O clipe se desenrola em um cenário apocalíptico, onde crianças negras e profissionais da saúde, imprensa, Cultura e Educação são atacados por esses zumbis. O Detonautas Roque Clube aparece buscando levar uma mensagem positiva perante esse apocalipse.


Confira a letra da música:

LETRA CARTA AO FUTURO
(Tico Santa Cruz / DRC)

Hoje eu acordei com o vento explodindo na minha janela
E tentei sair do quarto num silêncio de capela
Só queria ter um tempo pra pensar sem compromisso
Nessa sua isenção que é o abrigo dos omissos

Lá fora os homens seguem se matando
Uns por dinheiro outros por um pedaço de pão
Afinidades entre a cruz que mata em nome de deus
E a espada que estraçalha o amor na mão dos irmãos

Não me assusta mas me esclarece
Despreza a ciência faz uma prece
Esconde a mão manchada do sangue do corpo dos inocentes
Vocês são Joaquim Silvério dos Reis
Nós somos Tiradentes

Ouvi um grito vindo lá do beco escuro
De uma criança sem pai perdida e sem futuro
Seus olhos lacrimejavam o desejo de alguém
Que sabe que será abatido, invisível e nada além

Quantas histórias assim ficaram no caminho
Num cemitério de ideias me vi sozinho
Se sou canção sem refrão que fica na cabeça
Não interessa eu sigo firme e forte, tenho pressa

Amanheceu o dia e tudo é sempre igual
Um loop eterno de notícias tristes no jornal
Mentiras e verdades que confundem o cidadão de bem
Eu sei quem é quem, eu sei quem é quem...

O indiferente não se importa, ele só quer poder
Fará o possível e impossível pra sobreviver
Como um inseto pestilento em reprodução
Fatia o bolo entre a família sem preocupação

E pra encerrar, a minha carta não é um lamento
É um aviso ao futuro de um novo tempo
A corte cairá, não sobrará ninguém
O tempo ruim vai passar do pai do filho
Ao Espírito Santo, amém

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