"Deuses Ocultos" em exposição na Arte Plural Galeria
Exposição do artista plástico cubano-pernambucano David Alfonso, entra hoje em cartaz e tem acesso gratuito
Entre o divino e o humano, o imaginário do artista plástico David Alfonso flui. Ora em preto e branco, ora pelo colorido de telas povoadas por multidões entremeadas em olhares recortados por individualidades, como as que ele leva para a exposição "Deuses Ocultos" em cartaz na Arte Plural Galeira (APG), Bairro do Recife, a partir de hoje e com visitação gratuita de segunda à sexta-feira, das 9h às 18h.
Com curadoria de Olívia Mindêlo, a mostra é a primeira individual do cubano-pernambucano que paira por algum tempo pelas ''Terras dos Altos Coqueiros', mesclando nacionalidades nas pinturas que evocam mulheres, animais, culturas e povos. "Eu me apaixonei pelo Recife e pelo que a cidade exala. Há muitas coincidências entre o que vejo aqui e lá (em Cuba)", declara.
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Com alusão ao divino e em meio a traços, cores e formas, David Alfonso passeia por pinturas envoltas em olhares enérgicos e que servem de porta de entrada do seu fazer artístico. E é por meio deles (dos olhos) que é gerado o incógnito do que vem a seguir em suas obras.
"É por onde começo, pelos olhos. Porque eles precisam penetrar, falar, atrair", revela, com a mesma leveza de quem pinta, bota para fora, e não necessariamente se preocupa em entender o que está sendo colocado ali (na tela). "E essa é uma parte boa, a da interpretação que eu faço após concluir um quadro".
Crédito: Arthur Mota/Folha de PernambucoDavid, que é daltônico, abraça-se a intuições e sensibilidades, e ao desejo de fazer florescer o oculto dos deuses ou o real do ser humano. "Pintar é uma necessidade", destaca ele, embrenhado à magia dos cachorros ou ao galopar dos cavalos que levam a algum lugar em suas pinturas, despertando o desejo de (re)pensar o mundano do homem, da mulher, da lua e do sol, de Cuba e de Recife e do saudosismo revelado nas figuras latino-americanas de suas obras.
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