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Luto

'Devo a Arnaldo Jabor a confirmação de que eu poderia fazer cinema', diz Fernanda Montenegro

Atriz, que protagonizou o filme 'Tudo bem', presta homenagem ao cineasta, morto aos 81 anos

'Lamento sua partida Jabor', escreveu ela numa publicação 'Lamento sua partida Jabor', escreveu ela numa publicação  - Foto: Reprodução/Instagram

Fernanda Montenegro lamentou a morte do cineasta Arnaldo Jabor. Em depoimento ao GLOBO (veja vídeo abaixo), a atriz, que protagonizou o filme "Tudo bem" (1978), conta que o cineasta foi responsável por impulsionar sua carreira nas telonas.

"Devo a você essa confirmação de que eu poderia fazer cinema", emocionou-se a atriz de 92 anos, em tributo ao amigo e colega. "Tem uma hora na vida que a gente tem que partir. Mas isso não é um consolo. Jabor, querido, que criador, que homem de cultura você... Não vou dizer 'foi'. Você é", emocionou-se.

Leia o depoimento, na íntegra, a seguir.

"Tem uma hora na vida que a gente tem que partir. Mas isso não é um consolo. Jabor, querido, que criador, que homem de cultura você... Não vou dizer 'foi'. Você é. Há três filmes seus que são antológicos e fazem parte da nossa história cultural cinematográfica.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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São eles 'Eu te amo', 'Tudo bem' e 'Eu sei que vou te amar'. O elenco extraordinariamente aproveitado, e está tudo aí para provar. É só querer ver. Graças a você!

Eu me lembro que em 'Tudo bem', filme que eu fiz, não tínhamos dinheiro nenhum. Mas havia uma devoção intensa naquele elenco: Paulo Gracindo, Regina Casé, Paulo César Pereio, Fernando Torre, Zezé Motta num papel maravilhoso.

E a Sônia Braga, no 'Eu te amo', com Pereio...! E tem a Nanda, a Fernandinha (Torres), que ganhou um prêmio no Festival de Cannes, de atriz, ainda muito jovem (com 'Eu sei que vou te amar'). Era o primeiro filme dela chegando além-fronteira.

E a sua personalidade de jornalista, pensador, cronista, ensaísta, com coragem política de se propor...! Um grande adeus. Um demorado adeus. Um eterno adeus. Eu amo o filme que fizemos juntos. Amo. É louco, mas numa transcendência poética como toda sua obra cinematográfica.

Um grande abraço, meu amigo querido, detonador de uma obra cinematográfica para a qual eu de repente me vi levada. Devo a você essa confirmação de que eu poderia fazer cinema, algo que vinha desde 'A falecida', mas que com você se consolidou. Para você, sempre, um grande abraço, um grande agradecimento".

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