Dia da Favela: Whittney de Araújo inaugura exposição em muro de Camaragibe
Desenhista e pintora de 23 anos premiada pela Organização Embracing Our Differences, na Flórida inaugura, neste sábado (2), a exposição a céu aberto "Pinceladas periféricas"
Em comemoração ao Dia da Favela, a desenhista e pintora Whittney de Araújo inaugura sua nova exposição em um muro de Camaragibe, intitulada “Pinceladas periféricas”. O projeto "Pinceladas periféricas" está exposta à céu aberto na rua Dr. Belmiro Correia, Alberto Maia (próximo ao Atacadão).
A abertura oficial da exposição será no dia 02 de novembro, às 16h. As obras ficarão disponíveis para pedestres, motoristas, ciclistas, passageiros e ônibus e qualquer pessoa que visitar o local.
Whittney de Araújo é uma jovem artista negra de 23 anos. Apesar da pouca idade, ela vem se destacado internacionalmente. Em 2023, foi premiada em exposição internacional na Flórida.
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Sobre a artista
Whittney já participou de seis exposições, uma delas na 3ª Edição da Feira de Artes Contemporânea de Pernambuco, promovida pela Christal Galeria. Ela tem ministrado oficinas para crianças e adolescentes, compartilhando sua técnica de pintura e desenho.
A artista possui formação em curso técnico em Artes Visuais pelo IFPE Olinda e está fazendo curso superior de Tecnologia em Design Gráfico. Em sua participação na Organização Embracing Our Differences, exposição internacional na Flórida, foi premiada com sua obra autoral “Somos todos pérolas”.
"Pinceladas Periféricas"
Em comemoração ao dia da Favela, celebrado no dia 4 de novembro, abrindo o mês da consciência Negra, Whittney lança sua exposição "Pinceladas Periféricas", fruto de um projeto aprovado pela Lei Paulo Gustavo.
O projeto lançou concurso para que pessoas de Camaragibe votassem em cinco pessoas negras da Comunidade de Alberto Maia, essa votação ocorreu pelo instagram do projeto.
As cinco personalidade locais mais votadas receberam uma premiação de 200,00 cada e tiveram sua imagem pintada em um muro da comunidade.
As pessoas mais votadas para serem representadas foram Valdeci Joaquim, conhecido como Seu Ciri (pedreiro), Jonas Joaquim (ciclista), Suzete Maria (professora), Severina Martins, conhecida como dona Biu (dona de casa) e Edna Maria, conhecida como Pite (dona de um bar). Foram 30 dias entre a seleção, compra de material e pintura dos ganhadores.
O projeto tem como objetivo valorizar as pessoas negras e moradoras das favelas, compreendendo que cada pessoa tem seu valor, tem sua importância para construir um território de paz, saudável.
"A favela é um local de gente potente e precisa ser valorizada. As pinturas de Whittney fazem questão que apresentar essas pessoas felizes, altivas, quebrando com as narrativas das dores e marginalidade que abandonam as pessoas negras", diz o texto de divulgação da exposição.
"Historicamente, as artes visuais representam as dores, lutas, sofrimentos do povo negro, Whittney pinta a felicidade, o amor, a esperança de dias sempre melhores, pinta heróis e heroínas da favela, o pedreiro que ergue casas, a professora que educa, o ciclista que faz seus corres cotidianos, a dona do bar que fomenta lazer, a dona de casa que é uma grande guerreira".