Diretor de "Emilia Pérez", Jacques Audiard critica Karla Sofía Gascón
Cineasta francês também esclarece comentário polêmico sobre língua espanhola
O diretor francês Jacques Audiard, de "Emilia Pérez", falou pela primeira vez sobre as polêmicas envolvendo Karla Sofía Gascón e publicações antigas no X.
Leia também
• Nickel Boys: Prime Video anuncia data de estreia no streaming do filme indicado ao Oscar 2025
• Netflix retira protagonista de 'Emilia Pérez' de campanha para o Oscar
• Público pode participar de campanha do Oscar 2025; saiba como funciona a ação interativa
Em entrevista ao Deadline, o cineasta classificou as declarações como "indesculpáveis" e lamentou o impacto na campanha de seu filme.
"É muito difícil para mim pensar no trabalho que fiz com Karla Sofía. A confiança que compartilhamos, a atmosfera excepcional que tivemos no set que foi de fato baseada na confiança. E quando você tem esse tipo de relacionamento e de repente você lê algo que aquela pessoa disse, coisas que são absolutamente odiosas e dignas de serem odiadas, é claro que esse relacionamento é afetado. É como se você caísse em um buraco. Porque o que Karla Sofía disse é indesculpável", afirmou Audiard.
O cineasta conta que não falou com a atriz desde que os tweets vieram à tona: "Não falei com ela e não quero falar. Ela está em uma abordagem autodestrutiva na qual não posso interferir, e realmente não entendo por que ela continua. Por que ela está se machucando? Por que? Eu não entendo, e o que também não entendo sobre isso é por que ela está prejudicando pessoas que eram muito próximas dela. Estou pensando em como ela está machucando os outros, em como ela está machucando a equipe e todas essas pessoas que trabalharam tão duro neste filme. Estou pensando em mim mesmo, estou pensando em Zoe Saldaña e Selena Gomez. Só não entendo por que ela continua nos prejudicando."
À publicação, Audiard diz que o sentimento atual é de tristeza e que não entende porque a atriz está "se passando por vítima".
Ele revela, no entanto, que seguirá promovendo a produção em Hollywood. O cineasta também esclareceu uma declaração recente em que citava o espanhol como uma língua de países modestos.
"Me sinto atraído por coisas que não pertencem ao domínio da minha língua nativa e adoro muito a língua espanhola. Eu queria fazer um filme internacional. Agora, se você vai fazer um filme internacional, não há muitos idiomas para escolher. Existe o inglês e existe o espanhol, e o espanhol é uma língua tão rica que ultrapassa fronteiras. O que foi dito sobre a minha declaração é exatamente o oposto do que penso. Trabalhei cinco anos neste filme e agora ser criticado desta forma é simplesmente demais", afirmou.