Streaming

Disney+ planeja acabar com o compartilhamento de senhas

Seguindo passos da Netflix, plataforma pretende melhorar seus resultados financeiros com a mudança

Pinóquio, o conhecido conto do boneco de madeira que ganha vida, ganhou sua versão em live-action Pinóquio, o conhecido conto do boneco de madeira que ganha vida, ganhou sua versão em live-action  - Foto: Disney

Depois da Netflix, agora é a vez da Disney+ reprimir o compartilhamento de senhas, cortando o acesso de quem assiste a filmes e a séries sem pagar nada, usando a conta de um amigo, de um parente ou até de algum ex-namorado.

De acordo com o CEO Bob Iger, a mudança deve ocorrer ainda este ano: “Em junho, começaremos o ataque ao compartilhamento de senhas em alguns países. A implementação completa será feita em setembro", contou em entrevista à CNBC.

A plataforma de streaming está incorporando a Star+, responsável pelas produções mais maduras do grupo Disney, que será descontinuada. A decisão foi anunciada em dezembro do ano passado, e o processo de integração deve terminar no segundo semestre de 2024. No entanto, mesmo antes disso, já é possível assinar no Brasil o combo por R$ 55,90 mensais, ao invés de contratar apenas o Disney+ por R$ 33,90 ao mês.

No Disney+, lançado na América Latina no fim de 2020, é possível conferir produções Marvel, Pixar e National Geographic, enquanto através do Star+, que chegou ao Brasil em 2021, o usuário tem acesso a um catálogo que inclui Deadpool, Atlanta e Os Simpsons.

Ao Globo, a empresa não informou se irá mudar os valores cobrados ou criar planos para quem deseja adicionar uma espécie de dependente à conta, como fez a concorrente. Depois da mudança, a Netflix deu a opção aos seus usuários de poderem continuar compartilhando suas senhas com terceiros pelo custo de R$ 12,90 extras. Além disso, criou uma assinatura mais barata, porém com publicidade.

A expectativa é que a Disney libere o acesso sem custo adicional a pessoas de uma mesma família. De acordo com a imprensa internacional, a Disney+ irá rastrear endereços IP para registrar de onde os usuários estão acessando a plataforma e, assim, delimitar onde fica a residência principal de cada um. Qualquer cliente que "violar o contrato" pode ter seu acesso limitado ou encerrado.

Busca por equilíbrio financeiro
A guerra ao compartilhamento de senhas ocorre com objetivo de reduzir as perdas do streaming, que Iger informou serem de aproximadamente US$ 4 bilhões por ano.

“Ficou claro que isso não era sustentável, nem aceitável”, disse Iger na entrevista à CNBC.

O executivo ainda elogiou o resultado da rival com a estratégia de controlar o compartilhamento de senhas mundo afora, que conseguiu adicionar cerca de 30 milhões de assinantes em 2023.

"Netflix é o padrão ouro em streaming. Eles fizeram um trabalho fenomenal em muitas direções diferentes. Se pudéssemos realizar o que eles conseguiram, seria ótimo”, acrescentou Iger.

Para equilibrar as contas, o CEO ainda planeja reduzir o investimento em marketing e aprimorar a tecnologia de recomendação de conteúdo para os seus usuários, a fim de aumentar o engajamento deles dentro da plataforma.

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