Documentário "Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor" estreia no cinema
Chega aos cinemas o premiado filme que apresenta o "pai da sofrência", compositor que chegou a emplacar música em trilha sonora indicada ao Oscar
"Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor”, documentário de estreia do diretor Alfredo Manevy, já estás nos cinemas. Celebrando o legado poético do cantor e compositor, o filme explora a contribuição musical e o contexto histórico do renomado músico e autor de sucessos que seguem encantando gerações. Produzido em parceria com o Canal Curta! (viabilizado através do Fundo Setorial do Audiovisual) e a Plural Filmes, o documentário tem distribuição da O2 Play nos cinemas.
O longametragem traz uma pesquisa ampla com materiais de arquivos do próprio Lupicínio, além de entrevistas e falas de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, e Elza Soares. A produção também aborda um episódio importante da história de Lupicínio envolvendo a faixa “Se Acaso Você Chegasse”. A música fez parte da trilha sonora de um musical de Hollywood, Dançarina Loura, e, mais tarde, foi indicada ao Oscar de 1945. Mas, além de não ter sido consultado sobre o uso da canção, Lupicínio só foi receber direitos autorais anos após o sucesso. Até hoje seus créditos na indicação ao Oscar não foram reconhecidos.
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Pioneiro na música sofrida
O filme, que esteve na 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes e foi premiado em festivais como FESTin e Fest Aruanda 2022 , entra em cartaz em 14 salas espalhadas pelo Brasil. O longa também terá uma sessão especial, a Encontros IC Play, em 19 de março no Itaú Cultural, que contará com uma conversa entre o diretor Alfredo Manevy e o músico Arrigo Barnabé.
“Lupicínio é o pai da música de sofrência, que se tornou com ele e depois dele um gênero imensamente popular. Não por acaso Lupi atravessa gerações de intérpretes. Não ocultamos as atitudes, letras e emoções dele com as mulheres de sua vida porque isso seria apagar algo da essência de sua musicalidade e da verdade de sua história. Esconder o machismo não nos ajudaria a compreender e refletir as contradições da época. Ali estão misturados a paixão, o romance, a traição e, claro, o machismo daquele período”, comenta o diretor Alfredo Manevy.