Domitila Barros recebe voto de aplauso na Alepe: "Nada melhor do que ser homenageada em casa"
Lesgislativo estadual destacou, nesta segunda-feira (28), a contribuição da ativista recifense em defesa dos direitos das mulheres e das crianças na periferia
A Assembleia Legislativa de Pernambuco prestou voto de aplauso à ativista, empreendedora social e ex-BBB recifense Domitila Barros, nesta segunda-feira (28). A homenagem destacou a contribuição da recifense por seu trabalho em defesa dos direitos das mulheres e das crianças na periferia.
“É com muito orgulho que recebo esse voto de aplauso, após nascer e me criar em favelas da periferia do Recife, onde há mais de 40 anos meus pais militam desenvolvendo um árduo trabalho de resistência social. Viva Pernambuco imortal”, disse Domitila, ao lado da mãe, dona Roberta, e do irmão Carlinhos.
Segundo a deputada Rosa Amorim, a homenagem celebra não apenas as realizações de Domitila, mas também a importância de líderes visionários na criação de um futuro melhor. “A história de Domitila não começa com ela, mas com a luta dos seus pais e hoje dela no Centro de Atendimento a Meninos e Meninas (CAMM), na comunidade da Linha do Tiro, na Zona Norte do Recife. Estendo a homenagem à sua mainha Roberta Barros e ao seu irmão Carlos Correia, que são o coração da ONG e seguem engajados na luta em defesa do povo pernambucano”, disse a parlamentar, que propôs a homenagem.
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Trajetória
Nascida na comunidade do Morro da Conceição e criada na Linha do Tiro, na zona norte do Recife, Domitila conseguiu transformar a realidade que vivia: se engajou em causas sociais, foi reconhecida pela Unesco, formou-se em Serviço Social, fez mestrado em Ciências Políticas e Sociais na Europa, virou atriz, modelo e, em 2022, foi a primeira imigrante e negra a ser coroada Miss Alemanha.
Os pais de Domitila fundaram, antes mesmo de a filha nascer, o Centro de Apoio a Meninos e Meninas (CAMM), uma organização não governamental que atende crianças em situações de risco na zona norte da cidade. Ela cresceu neste ambiente, convivendo com pessoas das mais variadas origens.
Aos 7 anos, Domitila começou a fazer aulas de dança e teatro com as crianças do projeto. Para superar o trauma de perder um ente querido por bala perdida, aos 12 anos ela começou a dar aulas de alfabetização para as crianças do projeto, se engajando cada vez mais nas causas sociais. Esta iniciativa fez com que, aos 15, fosse reconhecida pela Unesco e convidada para conhecer a Disney.