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Duo Colibri faz campanha de financiamento coletivo para finalizar disco de flauta doce

Gravação de 'Continent(e)s' vem da parceria entre a brasileira Daniele Cruz e a francesa Laurence Pottier. Campanha segue até 19 de junho

Daniele e Laurence vão incluir no álbum de composições do século 16 ao século 21, do Brasil à França, passando pela Holanda, Itália e AlemanhaDaniele e Laurence vão incluir no álbum de composições do século 16 ao século 21, do Brasil à França, passando pela Holanda, Itália e Alemanha - Foto: Divulgação

Foi do encanto compartilhado pela flauta doce que surgiu a parceria entre a brasileira Daniele Cruz e a francesa Laurence Pottier. Antes de assumirem o nome oficial de Duo Colibri, a dupla passou 30 anos se conhecendo, afinando e compartilhando partituras para alcançar o melhor do som de seus dois instrumentos.

Agora, iniciam a produção de "Continent(e)s", um CD voltado para flauta doce, com o objetivo de divulgar a música escrita para o instrumento. Para concretização do projeto, a dupla pede doações para arcar com o custo total de gravação, mixagem e cessão dos direitos autorais do compositor Osvaldo Lacerda, entre outras demandas. O prazo para conseguir arrecadar o montante é de até o dia 19 de junho, através do site Catarse.

O amor pelo instrumento vem de dias antigos. "Descobri a flauta doce ainda muito menina, quando tinha cinco anos e fiz iniciação musical. Apesar de experimentar outros instrumentos, me identifiquei mesmo com a flauta doce, que foi o primeiro que escolhi", lembra Danielle.

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Quando conheceu Laurence, no Rio de Janeiro, logo se encantou pelo trabalho da francesa. "A gente não se perdeu mais de vista. Fui estudar flauta na Europa, no conservatório em que ela ensina, e desde lá realizamos muitos projetos artísticos, musicais e pedagógicos. O Duo Colibri foi o resultado de uma longa e produtiva parceria", rememora.

No CD, a dupla pretende trazer uma seleção refinada do que vem tocando ao longo de suas carreiras. "Priorizamos compositores que indicam aquela composição para a flauta doce e com as quais temos empatia - se as duas se sintonizam bem com a peça, se acham agradável, interessante", explica Danielle.

"Ultimamente, temos escolhido também compositores de Pernambuco que têm escrito para o Duo. Também temos essa função: além de divulgar o repertório geral da flauta doce, levar esse ineditismo que é essas peças compostas para nós", comenta.

A esperança é que o CD ajude o público a crescer, proporcionando que outras pessoas tenham acesso a esse repertório. "Não podemos dizer que seja um consumo enorme, mas isso depende de educar o público para isso, do que se oferece às pessoas, como políticas culturais", defende Danielle.

"Estamos sempre levantando essa bandeira de que o público precisa ser formado, educado, para que possamos ir além do público universitário, de estudantes de música erudita. E é um gênero musical que tem uma aceitação boa, desde que a música seja feita e se apresente com qualidade", relata.

   Repertório

São composições que vão do século 16 ao século 21, em que muitos países serão percorridos: a Inglaterra da época Elisabetana com Thomas Morley e John Baldwine, a Holanda e a Itália com Jacob Van Eyck, a França com François Couperin e Jacques Hotteterre, a Alemanha com Georg Philipp Telemann, e do outro lado do Atlântico, o Brasil, com obras dos séculos 20/21 de Osvaldo Lacerda, Ricardo Brafman, Lúcia Cysneiros e Emanuel Santana.

Os compositores Ricardo Brafman, Lúcia Cysmeiros e Emanuel Santana cederam os direitos autorais para o disco, e o Instituto Ricardo Brennand disponibilizou o espaço para a gravação do CD.

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