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CINEMA

"É assim que acaba": entenda as tretas do filme de Blake Lively e Justin Baldoni

Longa-metragem é adaptação do livro de Colleen Hoover e toca no assunto violência doméstica; atriz e diretor aparentemente divergiram sobre abordagem e divulgação

'É assim que acaba', filme com Blake Lively e Justin Baldoni 'É assim que acaba', filme com Blake Lively e Justin Baldoni  - Foto: Divulgação

"É assim que acaba, adaptação cinematográfica do best-seller de Colleen Hoover, é um sucesso de bilheteria — e, aparentemente, de tretas. O filme, que já arrecadou US$ 93 milhões em bilheteria no mundo desde a estreia, em 9 de agosto, tem dado o que falar pela relação entre a protagonista e produtora, Blake Lively, e o diretor e ator, Justin Baldoni.

Antes de mais nada é preciso entender a história: Lily Bloom (Blake) é uma mulher que começa uma nova vida em Boston, abrindo sua própria floricultura. Lá, conhece o charmoso neurocirurgião Ryle (Baldoni), com quem começa um relacionamento. Mas o namoro começa a trazer à tona traumas do relacionamento dos pais dela.

Um dos principais temas do filme é violência doméstica e essa abordagem, nos bastidores, levou aparentemente a uma série de desentendimentos entre o diretor e a estrela principal.

Confira as principais confusões envolvendo "É assim que acaba" abaixo.

Pré-estreia em Nova York
A première do filme em Nova York, no dia 6 de agosto, foi a grande estreia dos boatos no TikTok. Isso porque Blake e Baldoni não foram fotografados juntos em nenhum momento, e fotos de atores e diretores lado a lado são comuns nesse tipo de evento.

 

O ator e diretor, famoso pela série "Jane the virgin", foi um dos primeiros a chegar ao evento. Blake, que ficou famosa pela série "Gossip girl", foi uma das últimas. Ela tirou fotos com o marido, Ryan Reynolds, e até com Hugh Jackman, que estrela com o ele o filme "Deadpool & Wolverine", mas nada de Baldoni.

Fãs perceberam também que Blake não segue o diretor nas redes sociais. Segundo o "Deadline", fontes da produção confirmam que os dois não se deram bem no set.

Tanto que, quando perguntado sobre dirigir uma possível continuação, Baldoni disse que havia pessoas melhores para isso.

"Acho que Blake Lively está pronta para dirigir.”

Sala de edição
O "Deadline" também apurou que Blake tomou para si boa parte da edição do filme e também foi uma força pensante na divulgação e promoção do longa. Um executivo da Sony disse ao site que "gostaria que ela trabalhasse conosco em tempo integral". Segundo a imprensa americana, ele sempre quis focar na questão da violência doméstica; ela preferia dar um tom mais abrangente ao longa.

Visões diferentes
Muitos internautas destacaram como Blake e Baldoni trataram, em suas entrevistas, a personagem Lily de forma direnciada.

Quando ouviu de um repórter. na première, que "aquela era a noite", dele, Baldoni respondeu:

"Não, esta não é a minha noite. Esta é uma noite para todas as mulheres para quem fizemos este filme. O que vem à mente não é tanto o trabalho que foi feito, mas o porquê por trás disso. Se uma Lily Bloom da vida real puder sentar neste cinema e talvez fazer uma escolha diferente para si do que foi feito por ela, talvez ela se veja naquela tela e escolha algo diferente para si, é por isso que eu fiz o filme."

Blake Lively acredita que o filme é muito mais do que uma história sobre violência doméstica.

"Acho que Lily é muito mais do que apenas uma vítima de abuso. Isso é algo que aconteceu com ela, mas nada do que uma pessoa fez com ela pode defini-la. Ela é uma mulher de múltiplas facetas, uma empreendedora, dona de loja, artista, mãe, filha, amiga, irmã, amante. Ela é todas essas coisas. E poder interpretar uma mulher que vivencia tantas coisas e todas as cores da emoção humana foi um grande presente."

Divulgação fora do tom
No entanto, muitos fãs dos livros criticaram a forma como a atriz tratou, de início, a temática da história. Blake aproveitou a estreia para lançar sua linha de produtos de cabelo e incentivou o público a "usar flores" (estampas florais) na ida ao cinema, tentando fazer uma alusão ao "usar rosa" do filme da Barbie.

Depois de tanta crítica, ela mudou o tom e passou a fazer postagens mais políticas. "Uma em cada quatro mulheres com mais de 18 anos nos EUA é vítima se severa violência física por parceiros íntimos durante a vida".

Influência de Ryan Reynolds
O marido de Blake, que não está creditado no projeto em nenhum momento, parece ter sido de grande influência em "É assim que acaba". Em entrevista à revista "People", ela disse que ele escreveu os diálogos da cena do terraço, algo que nem a roteirista do filme sabia que aconteceu.

"Nós nos ajudamos. Ele trabalha em tudo que eu faço, eu trabalho em tudo que ele faz. Se ele ganha, as vitórias são nossas, e as minhas são dele", disse.

Christy Hall, a roteirista, disse à revista que a cena do encontro entre os personagens de Blake e Baldoni no terraço foi uma das complicadas, porque é "perfeita" no livro.

"Minha primeira tentativa com aquela cena era tentar honrar o que Colleen escreveu, quase palavra por palavra. Eu realmente tentei porque penso que ela fez o melhor. Mas o complicado daquela cena é que ela é longa", disse Hall, negando que soubesse da participação de Reynolds. "Tinha algumas coisas que achei terem sido improvisadas. Tipo quando ele diz: 'Com cereja no topo, por favor,' e ela fala sobre as cerejas maraschino. Quando vi a cena, pensei: 'Ah, que fofo. Deve ter sido algo improvisado.' Então, se estão me dizendo que o Ryan escreveu isso, ótimo, que maravilha. Houve alguns pequenos toques que eu não escrevi, mas presumi que tinham sido improvisados no set. Mas, novamente, os momentos que senti que precisavam ser preservados estão lá. Então eu reconheço a cena e estou orgulhoso dela. Se esses toques vieram do Ryan, acho isso maravilhoso."

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