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Eduardo Sterblitch e Russo Passapusso celebram "Papo de segunda"

Ator, no ar também em 'Os outros, na TV Globo, confessa medo de ser prolixo demais

Eduardo Sterblitch, Francisco Bosco, Russo Passapusso e João VicenteEduardo Sterblitch, Francisco Bosco, Russo Passapusso e João Vicente - Foto: Guto Costa/Divulgação

A gravação da última segunda-feira (15) era um teste, mas, para o cantor Russo Passapusso, “teve cheiro de ao vivo”. Ele, os atores Eduardo Sterblitch e João Vicente de Castro e o filósofo Francisco Bosco se reuniram nos Estúdios Globo, por volta das 22h, para os ajustes finais na liga entre eles, mas hoje se encontram à vera. Os quatro pilotam, semanalmente, a temporada 2024 do “Papo de segunda” do GNT, que vai ao ar ao vivo às 22h30.

"Foi um encontro bem solto, teve a energia do ao vivo" diz o integrante da banda BaianaSystem. "Entendemos o timing, o sotaque de cada um, a beleza de ser diferente. Somos uma colcha de retalhos muito bonita, um quadrado lindo que acaba formando um círculo."

Russo Passapusso e Eduardo Sterblitch são as grandes novidades dessa temporada, e tem Pedro Bial como o primeiro convidado da turma. Inclusive, logo após o “Papo de segunda”, o GNT transmite um “Conversa com Bial” inédito. O programa de entrevistas do jornalista passa a ser exibido primeiro no GNT, de segunda a sexta às 23h30; na TV Globo, só após o “Jornal da Globo”.

Os novatos do “Papo”, diz o veterano Francisco Bosco, já há sete anos no programa, têm em comum o “tesão de falar”.

"Mas são discursos e modos de estar na cena diferentes" diz Bosco. "Russo vibra numa frequência parecida com a minha, é muito calmo, tem uma escuta atenta. Edu é um peixe que pula, imprevisível. Ele se movimenta dentro do cenário. Vai trazer coisas novas."

Baiano de Feira de Santana, Roosevelt Ribeiro de Carvalho, mais conhecido como Russo Passapusso, de 41 anos, está no BaianaSystem desde 2008. Antes do chamado para fazer parte efetivamente do programa, ele já havia participado como convidado especial em agosto de 2023.

"Vivemos um tempo de muita velocidade em relação à exposição de informação e deformação dela também — reflete o músico." Quando conseguimos passar a ideia de que podemos conversar sem pretensão, acho que oferecemos para o público a possibilidade de exercitar isso em casa também, com a família, com os amigos.

Carioca de 37 anos, no ar na TV Globo toda quinta-feira, após “Renascer”, na série “Os outros” Sterblitch também já passou pelo “Papo” em outras ocasiões. Agora, como elenco fixo, a conversa é outra. E as hesitações também.

—Minha maior insegurança é que sou prolixo — diz o ator. — E não me importo com a minha opinião. Não acho que ela, fora de cena, seja importante. Mas acredito que minhas ideias podem provocar.

Evolução com o tempo
No programa desde a estreia, em 2015, João Vicente já dividiu protagonismo com diversos nomes que estiveram no elenco, de Emicida a Leo Jaime, passando por KondZilla e Vladimir Brichta — os últimos a integrarem a bancada. Ele diz que, em quase todas as formações, há duas coisas em comum.

— Confiança e amizade. As pessoas estão ali ajudando a expressar seu pensamento — diz, salientando que a nova temporada reúne “dois caras incríveis”. — Russo não é um ídolo da música, é um ídolo religioso (risos). As pessoas saem do show devotas. O Edu, quando tiver que falar sério, vai fazer com vísceras aparecendo e, quando tiver que falar bobagem, vai falar também. A gente está ali para conversar e não para dar soluções. A obrigação é promover um debate justo.

No papel de moderador desde que Fábio Porchat deixou o posto, em 2023, João revê sua evolução como uma alguém que precisou “trazer o espectador pela mão para passear dentro da cabeça”.

—Aquele menino que entrou láatrásteve que aprender a hora de fazer graça, de falar sério, de como colocar o pensamento na mesa de forma objetiva. Minha maior dificuldade foi conseguir traduzir de um jeito claro o que eu pensava. A comunicação é sobre isso: o que você pensa, o que você consegue transformar em fala e o que o outro vai entender.

Essa performance se torna mais difícil, diz Bosco, quando é feito num programa que privilegia o trabalho coletivo e não individual.

— Ali estamos lidando com um bicho vivo, que é justamente a interação entre quatro pessoas — reflete o filósofo. —Para quem chega, a dificuldade é bastante parecida com a de quem fica: conseguir entender o novo contato que está se sobrepondo. O programa tende sempre a ir melhorando com o passar dos meses.

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