Elisangela deixou filme inédito: ''Oficina do diabo'' estreia em maio
Em produção da Brasil Paralelo, ela vive uma mãe que vê seu filho se distanciar da igreja
A atriz Elizangela, que morreu nesta sexta-feira (3), deixou o longa-metragem inédito "Oficina do diabo". O filme é o último feito pela atriz Elizangela, que morreu aos 68, anos, após parada cardiorrespiratória. O trabalho está previsto para estrear nos cinemas em maio de 2024.
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Com mais de cinco décadas de carreira no entretenimento, com participação em novelas como "Roque Santeiro" (1985), "Senhora do Destino" (2004), "O Clone (2001)" e "A Força do Querer (2017)", Elizângela interpreta Maria, uma mãe que vê seu filho cada dia mais distanciado da família, dos amigos e da Igreja.
Segundo sinopse publicada pela produtora do longa, a Brasil Paralelo, "a personagem precisa encontrar uma forma de afastá-lo das más influências, ao mesmo tempo em que precisa lidar com seus traumas do passado".
Ainda segundo a produtora do filme, a primeira ficção a cargo da empresa, o longa é inspirado em oito livros e vai de "Nietzsche a São João da Cruz".
São eles: "O anticristo" (Nietzsche), o "Homem eterno" (Cherterton), "Cartas de um diabo ao seu aprendiz", "Sermões" (Padre Antonio Vieira"), "A vocação religiosa" (Santo Afonso Maria de Ligório), "Biblia", "Parerga e Paralipomena" (Arthur Schopenhauer) e "Noite escura da Alma (São João da Cruz).
No site oficial da produtora Brasil Paralelo, um texto de apresentação explica que aquela é uma empresa de educação e entretenimento, "resgatar os bons valores, ideias e sentimentos nos brasileiros".
Apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, Elizangela foi notícia recentemente por se recusar a tomar a vacina para Covid-19. A atriz não tomou uma dose sequer. Em 2022, chegou a ser internada, em Guapimirin, em estado grave e com sequelas respiratórias. Quase precisou ser intubada.
A recusa em se vacinar lhe custou um papel na novela "Travessia", de Glória Perez, que foi ao ar em 2022. A atriz questionava a eficácia das vacinas nas redes sociais. Alvo de duras críticas por seu negacionismo, chegou a reclamar da solidão após se livrar da doença.
"Quem não me procura é porque não sente a minha falta. Quem não sente a minha falta é porque não me ama. O destino decide quem entra na minha vida, mas eu decido quem fica nela", disse ela em um vídeo publicado em uma rede social.
"A verdade dói, mas só dói uma vez. A mentira dói cada vez que a gente lembra dela. A gente tem que valorizar quem valoriza a gente e não dar prioridade para quem trata a gente como opção", completou.