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Em seu primeiro CD, Ayrton Montarroyos faz música do jeito que deseja

Artista pernambucano afirma estar mais maduro na fase atual da carreira, depois de lançar primeiro álbum solo independente

Cantor pavimentou seu caminho valorizando a interpretação peculiar da canção brasileiraCantor pavimentou seu caminho valorizando a interpretação peculiar da canção brasileira - Foto: Arthur de Souza/Arquivo Folha

A trajetória do cantor pernambucano Ayrton Montarroyos pode, como diz o próprio, ser divida em duas fases. Na cena desde o início da década, o recifense teve reviravolta na carreira ao chegar à final do talento show “The Voice Brasil”, da Globo, no qual galgou seu caminho ao topo com a corajosa escolha de apresentar apenas repertório nacional, valorizando a “canção brasileira”.

Ayrton acabou vice-campeão da competição, mas a exposição rendeu procura cada vez mais alta de shows e pavimentou o caminho para seu primeiro disco, que leva seu nome, já nas lojas e principais serviços de streaming.

“Desde 2013 eu já pensava em como fazer esse disco, sempre fui um apaixonado pela nossa música, mas não me sentia com maturidade artística suficiente. Ter participado do programa me deu maior confiança e know how”, opina Ayrton, em entrevista à Folha de Pernambuco.

“Ayrton Montarroyos”, o disco, tem 11 faixas, com repertório que passeia por composições de medalhões como Cartola e Caetano Veloso, até músicos da nova geração, como o pernambucano Zé Manoel.

Um dos destaques é a regravação de “Que Sejas Bem Feliz”, lançada em 1975, por Cartola. “Estava vendo uma entrevista antiga dele, e aí descobri essa canção, que é linda, mas pouco conhecida. Acho que só foi gravada por ele e por Clara Nunes. Me juntei com Yuri Queiroga e comecei a conceber como fazer minha própria versão”, conta.

A escolha do repertório também reflete a opção de Ayrton por defender o cancioneiro nacional no programa de TV. Uma de suas elogiadas performances, por exemplo, foi de “Força Estranha”, de Caetano. “Foi uma surpresa essa receptividade. Pedi pra olhar os números, e tinha muitos votos do Nordeste, claro, mas também muita gente do Sul e Sudeste”, revela Ayrton.

“O maior aprendizado que podemos tirar disso é não subestimar o público. Muitos pensam que só o que faz sucesso é música pop, o sertanejo... Mas o brasileiro tem uma paixão muito grande pela música de raiz. Todo mundo conhece essas músicas, são clássicos. Mas é um público subestimado e quase esquecido pela maioria. Eu tento suprir um pouco essa necessidade”.

O disco, produzido de forma independente, foi gravado em parceria com Yuri Queiroga. Ayrton leva o repertório aos palcos em elogiadas apresentações, tendo trocado o Recife por São Paulo. “Eu tenho um grande amor pelo Recife, mas foi em São Paulo que eu aprendi a ser artista e a lidar com todas as coisas boas e ruins que isso traz. Aprendi a escolher exatamente como quero fazer as coisas”, opina.

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