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Em "Volta por Cima", Juliana Alves fala da inspiração para compor a motorista Cida

A atriz está na TV há quase 25 anos, e foi chamada para novela a convite do diretor André Câmara

A atriz Juliana AlvesA atriz Juliana Alves - Foto: Divulgação

Por ser exibida em um verdadeiro veículo de massa, a cada capítulo de “Volta por Cima” mostrado na televisão, milhões e milhões de pessoas se atualizam em relação à história criada por Claudia Souto.

Juliana Alves, porém, tem uma pessoa bem especifica em mente cada vez que encarna a motorista de ônibus Cida na atual novela das sete.

A atriz sabe que está representando o dia a dia comum a muitas brasileiras, mas também soube personificar o enredo em uma personagem que conheceu durante o período de preparação.

“Durante todo a composição, conheci a Pâmela, que é uma motorista que está muito próxima da história da Cida. Foi legal ver tudo que eu tinha imaginado para Cida nela. Vi como a Cida é uma mulher real, que existe mesmo”, aponta.

No folhetim das seis, Cida é de uma cidade do Norte do estado do Rio de Janeiro. Mas se muda para a capital, com o filho, após a morte do marido.

Na pequena cidade, ela dirigia um ônibus de transporte escolar. Com isso, consegue emprego como motorista na Viação Formosa.

Além disso, é melhor amiga da protagonista Madá, papel de Jéssica Ellen.

“Transitei por muitos subúrbios e nessa novela identifico muitos personagens na novela. Me encontro muitas vezes com a Cida. É uma composição através do texto, da direção e de mulheres que fazem parte da minha vida. Ela é uma figura inspiradora para mim. Vem de uma das maiores decepções da vida, que é a perda de um grande amor, e a criação do filho a faz dar a volta por cima”, afirma.

Ao longo de suas pesquisas para a novela, Juliana visitou uma empresa de ônibus, onde passou um bom tempo acompanhando o funcionamento, desde a mecânica dos veículos até a pressão enfrentada pelos motoristas em suas viagens.

“Foi uma vivência bem bacana no setor de transportes. Também tivemos palestras com pessoas do setor. Precisei me atualizar sobre o transporte público porque faz tempo que não uso ônibus cotidianamente”, explica.

Juliana chegou ao projeto das seis quando ainda estava em fase embrionária. O convite partiu do diretor André Câmara, com quem havia trabalho em “Amor Perfeito”, que foi ao ar ano passado.

A atriz, que está na tevê há quase 25 anos, ressalta como tem lidado com mais tranquilidade com os períodos dentro e fora do ar.

“Tenho acreditado mais na fluidez da carreira. Bons trabalhos têm chamado bons trabalhos. Coloco minha melhor energia em todos os projetos. Antes meu foco estava muito nas novelas, mas vejo como o mercado mudou. Antes eu era contrata fixa e não era, por exemplo, tão simples fazer um filme fora da Globo”, ressalta.

De volta ao lar
Com o fim do ano se aproximando, Juliana Alves já está de olho nos primeiros preparativos do Carnaval carioca.

Ela está de volta à Unidos da Tijuca, de onde estava afastada desde 2018, quando deixou o posto de Rainha de Bateria.

No ano passado, ela fez uma participação na comissão de frente da escola, quando surgiu, de surpresa, como Iemanjá.

“Voltei. Estava há muitos anos sem frequentar a quadra. Esse retorno na comissão de frente foi incrível porque não queria que fosse nada midiático. Pedi pra não divulgarem. A comissão conta nota. Então, queria ensaiar e fazer bem”, afirma.

Por enquanto, a personagem de Juliana não tem nenhuma ligação com o universo do Carnaval ao longo da história de “Volta por Cima”. Mas a atriz torce para o samba contagiar suas cenas.

“Não há nenhuma sinalização nesse sentido. Mas a novela tem essa coisa do samba e muitos personagens que cercam a Cida estão inseridos nesse lugar. Vamos ver”, aponta.

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