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SEX AND THE CITY

Empresa que viu ações caírem com 'revival' de Sex and the City entra na mira de investidos

Em um episódio, o marido de Carrie Bradshaw (interpretada pela atriz Sarah Jessica Parker) sobe na sua Peloton para se exercitar, enquanto a mulher vai a uma apresentação de piano

Cena da série 'And just like that', revival de 'Sex and the City'Cena da série 'And just like that', revival de 'Sex and the City' - Foto: Reprodução/HBO Max

Depois de virar febre na pandemia, a americana Peloton, que vende aparelhos de ginástica e é dona de aplicativos com exercícios para serem feitos em casa, sofreu mais um revés. Tornou-se alvo de um investidor ativista, que pede demissão de seu CEO e pressiona pela venda da companhia. O motivo? As ações despencaram mais de 80% desde o pico alcançado um ano atrás

Em dezembro, a empresa já havia sofrido danos de imagem depois de uma bicileta ergométrica da marca aparecer no revival da série Sex and the City.

Em um episódio, o marido de Carrie Bradshaw (interpretada pela atriz Sarah Jessica Parker) sobe na sua Peloton para se exercitar, enquanto a mulher vai a uma apresentação de piano. Em seguida, sofre um ataque cardíaco fatal.

Antes de morrer Mr. Big (vivido por Chris Noth) faz várias referências a seu instrutor da Peloton, que é um instrutor da empresa na vida real. A companhia disse que não estava a par do enredo e teve que amargar queda de mais de 10% de seus papéis após a cena ser exibida.
 

Numa tentativa de reabilitar sua imagem, a marca lançou uma propaganda com Noth, na qual ele sobrevive ao uso do equipamento. Mas teve que tirá-la do ar às pressas após o ator ser acusado de assédio sexual.

A queda das ações da Peloton provocada pela trama só aprofundou a trajetória de declínio dos papéis. Com a flexibilização do isolamento e o gradual retorno das pessoas à sua rotina, as academias tendem a ser a opção número 1 para quem quer manter a forma, o que não é um bom cenário para a empresa. 

É com base nessa perspectiva que a Blackwells Capital LLC, que detém menos de 5% da Peloton, argumenta que o Conselho de Administração da companhia desperdiçou oportunidade de passar o negócio adiante e quer ver seu cofundador, John Foley, fora da presidência.

"Com as ações sendo negociadas abaixo do preço do IPO e mais de 80% abaixo do valor máximo já alcançado, é claro que a empresa, os executivos e o Conselho desperdiçaram essa oportunidade", escreveu em carta Jason Aintabi, chefe de investimentos da Blackwells.

Ele cita Apple, Disney e Nike como potencias compradores da empresa de fitness.Na semana passada, as ações da companhia de fitness caíram quase ao menor valor em dois anos, depois que o site de notícias da CNBC informou que ela havia paralisado temporariamente a produção de bicicletas e esteiras.

O valor de mercado da Peloton está em cerca de US$ 8 bilhões atualmente, bem abaixo do pico de US$ 50 bilhões há um ano, segundo a Reuters. E a companhia já cortou a previsão de receita em US$ 1 bilhão.

Na carta, a Blackwells também acusa a empresa de ser "resistente" a trabalhar com a Comissão de Segurança de Produtos de Consumidores dos Estados Unidos.

A Peloton contratou recentente a consultoria McKinsey para avaliar seu negócio e seus custos. Segundo a Bloomberg, porém, não está claro se a busca de um comprador está nos planos e se a Blackwells será bem-sucedida em sua campanha para substituir Foley.

O CEO e outros executivos controlam 80% do poder de voto, segundo o Wall Street Journal.

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