Entenda a cirurgia realizada pelo cantor João Carreiro, que morreu aos 41 anos
Músico não resistiu a uma cirurgia cardíaca para colocar uma válvula no coração
O cantor sertanejo João Sérgio Batista Corrêa Filho, mais conhecido como João Carreiro, de 41 anos, morreu nessa quarta-feira, após não resistir a uma cirurgia cardíaca para colocar uma válvula no coração. O músico estava internado em um hospital de Campo Grande na Paraíba. Antes da cirurgia, ele gravou um vídeo dizendo que ficaria uns dias afastado das redes sociais para cuidar da saúde.
Ele tinha uma condição cardíaca chamada prolapso da válvula mitral (PVM), que é quando há uma alteração na estrutura de uma das válvulas mais importantes do coração e o órgão não consegue controlar o sangue bombardeado que entra ou que sai de seus átrios e válvulas. O que acaba vazando para o átrio por conta da incapacidade de vedação adequada.
A cirurgia de Carreiro tinha como objetivo principal justamente trocar essa válvula do coração. Existem duas formas de trocar a valva mitral, a plastia e a prótese.
A plastia nada mais é do que uma cirurgia para reparar a valva. Segundo os especialistas, a valva mitral tem determinadas estruturas que se assemelham a cordas, elas podem ser encurtadas, alongadas ou substituídas quando o problema da valva mitral se relaciona a um defeito delas.
Após a correção dos problemas da valva mitral, é colocado um anel em torno dela para elevar a durabilidade da plastia. Esse anel não deteriora, como ocorre com as próteses biológicas. Além disso, dispensa o uso de anticoagulantes após a cirurgia.
A plastia valvar é o principal tratamento para os casos de insuficiência mitral degenerativa. As técnicas aplicadas no procedimento cirúrgico são definidas de acordo com o problema que está comprometendo o bom funcionamento da valva mitral.
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Quando não é possível fazer a plastia para a correção dos problemas na valva mitral, a alternativa é realizar a colocação de uma prótese valvar. Que pode ser biológica ou mecânica.
A grande diferença das próteses biológicas para a troca da valva mitral em relação à troca da valva aórtica é a durabilidade. As próteses biológicas duram menos, entretanto, elas são recomendadas em pacientes mais idosos, visto que demoram mais para o processo degenerativo.
Já as mecânicas são necessárias um cuidado maior com a questão do uso de anticoagulante devido ao risco de trombose. O risco de trombose em posição mitral é maior que o risco em posição aórtica.
Em casos de próteses em pessoas mais jovens, como é o caso do músico Carreiro, a durabilidade não será longa se a prótese for biológica. Por outro lado, sendo a prótese mecânica, há a necessidade do uso do anticoagulante por toda a vida, que no caso específico do paciente jovem representa um longo período.