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Música

Equipe de Chico Buarque: não há plágio em lançamento de Adele

Internautas apontaram semelhança entre as introduções de "To Be Loved", da cantora britânica, com "Eu Te Amo", de Chico e Jobim

Chico Buarque e AdeleChico Buarque e Adele - Foto: Reprodução/Internet

A equipe do cantor Chico Buarque afirmou que a música 'To be Loved' da cantora britânica Adele não pode ser considerada um plágio de 'Eu Te Amo', composição do cantor e de Tom Jobim, lançada em 1980. A afirmação foi confirmada por Vinicius França, empresário do cantor,  nesta terça-feira.

A semelhança entre as duas músicas foi primeiro apontada entre usuários das redes sociais. O novo disco da queridinha da Inglaterra foi lançado apenas na última sexta-feira. Mal deu tempo de ouvir, mas as audições mais aguçadas já captaram a semelhança na introdução das duas músicas.

A discussão começou na internet e teve a participação de profissionais musicais, que explicaram a que se deve a semelhança. Não se trataria de um caso de plágio, mas de um padrão harmônico simples, comum no mundo da música.

"O do Chico é uma sequência de acordes com movimento similar, mas em diferentes harmonias, enquanto que a da Adele é simplesmente uma escala descendente no padrão 2-3 1-2 7-1 6-7 e por aí vai. São formas musicais SIMPLES e consideravelmente distintas", explicou um internauta.

A tese foi corroborada em outra resposta: "As notas de 'te amo' nesse fraseado estão em sentido crescente e decrescente em escala monocromática acompanhadas pelo baixo, enquanto To be loved está apenas em decrescente em soprano…", elucidou uma fã da cantora.

Enquanto a internet se diverte, uma caso semelhante foi levado mais a sério este ano. Toninho Geraes, compositor de “Mulheres”, música de 1995 interpretada por Martinho da Vila, quer que Adele reconheça a inspiração nos créditos do álbum “25”. "Eu não quero brigar, só quero que reconheçam que a minha música está dentro da obra dela", afirmou Geraes, que notificou a gravadora Sony Music, a XL Recordings [gravadora britânica]/Beggars Group [incorporador da XL], a Adele e a Greg Kurstin, produtor de “Million Years Ago”.

O compositor quer receber uma indenização por danos morais, royalties da música e ser creditado como coautor. Foram encomendados até laudos técnicos com três peritos musicais para "destrinchar tecnicamente" as duas obras. Segundo o advogado do caso, Fredímio Biasotto Trotta, "retirando-se os ornamentos e outras notas de apoio, o que resta é um mesmo esqueleto, uma mesma estrutura melódica", relatou ao G1.

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