Escritor mexicano Julio Trujillo, que estava desaparecido na Inglaterra, é encontrado morto
Autor de 55 anos morava há alguns anos no país; sua morte causou comoção no México
A família do poeta e editor mexicano Julio Trujillo, desaparecido desde o último dia 10 na Inglaterra, informou que a polícia britânica encontrou o corpo de Trujillo em Sennen, uma cidade costeira no condado da Cornualha.
O autor de 55 anos morava há alguns anos na Inglaterra. A notícia, cujo impacto transcendeu a cena literária mexicana, foi confirmada pela família do escritor nesta sexta-feira (17), depois que a polícia britânica os notificou da descoberta do corpo, no dia anterior.
A Embaixada do México no Reino Unido interveio no desaparecimento de Trujillo e manteve contato com as autoridades britânicas e familiares que ainda não identificaram formalmente o corpo.
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Embora não tenham sido divulgados detalhes sobre as circunstâncias da morte do escritor, a polícia garantiu que a morte de Trujillo não está sendo investigada como suspeita.
Trujillo nasceu na Cidade do México em 16 de setembro de 1969 e era pai de dois filhos: Ana e Santiago Trujillo Carreño, que residem no México com sua mãe, a editora Tania Carreño.
No dia que desapareceu, o escritor publicou em seu perfil no X os seguintes versos: “O mar não vai mais me machucar/ porque eu conhecia a fonte”. Dois dias antes, ele havia compartilhado outros: “Quando eu morrer/ da vida e não do tempo”.
Diferentes instituições culturais do México divulgaram declarações nas redes sociais após ouvirem a notícia, entre outras, o Ministério da Cultura do governo mexicano e a Feira Internacional do Livro de Guadalajara.
“Lamentamos profundamente a morte de Julio Trujillo (1969-2025), um notável poeta e editor mexicano, cujo trabalho em cartas e edição deixou uma marca inestimável na literatura contemporânea. Compartilhamos a dor de sua partida com sua família, amigos e a comunidade literária”, diz o relato da FIL de Guadalajara.
“São os seus poemas, ora muito bons, ora deslumbrantes, os testemunhos da sua generosidade. Agora só tenho tempo para a minha dor”, disse o escritor mexicano Álvaro Enrigue, amigo de longa data de Trujillo.