Vazamento

"Esses monstros já haviam feito outra vez", diz mãe de Marília Mendonça sobre fotos vazadas da filha

Criminosos haviam tentando comercializar imagens de cadáver cerca de um mês após acidente aéreo que matou a artista, em novembro de 2021

"Esses monstros já haviam feito outra vez", diz mãe de Marília Mendonça sobre fotos vazadas da filha"Esses monstros já haviam feito outra vez", diz mãe de Marília Mendonça sobre fotos vazadas da filha - Foto: Reprodução / Redes Sociais

Não foi a primeira vez que criminosos vazaram fotos do corpo de Marília Mendonça. Em novembro de 2021, poucas semanas após o acidente aéreo que matou a cantora sertaneja, aos 26 anos, uma página na internet anunciou a venda de imagens do cadáver da artista realizadas durante a autópsia no Instituto Médico Legal. O fato chocou os fãs e a família da goiana à época, e a página foi derrubada.

"Sabemos dessas fotos, e parece que estavam usando o nome do médico de Marília, que é médico da família. Eles (criminosos) estavam usando o nome do médico para falar que tinham foto dela no IML", ressaltou a assessoria de imprensa da artista naquele período, cerca de um mês após a morte da cantora, em dezembro de 2021.

Na última quinta-feira (13), as fotos voltaram a ser compartilhadas. "Esses monstros que fizeram isso não me surpreendem... Eles já haviam feito outra vez", revolta-se Ruth Moreira, mãe de Marília Mendonça, em desabafo emocionado sobre o caso.

"Está faltando justiça"
De acordo com especialistas, a punição para o vazamento de imagens de cadáveres pode ser cível ou criminal, com possibilidade, portanto, de pena a ser cumprida em prisão. Previsto no Código Penal, o crime é possível de ser praticado na via on-line.

A depender do contexto, a divulgação de fotos ou vídeos de um cadáver pode ser considerada vilipêndio, quando há o desrespeito e a humilhação com o corpo. O crime tem como punição a detenção em cadeia — de um a três anos — e o pagamento de uma multa.

Ruth Moreira ressalta que "está faltando justiça" no meio digital e frisa que pretende buscar uma resolução para o caso nos tribunais. "Redes sociais não podem ser terra sem lei. A gente precisa que esses delinquentes paguem. Não tem outra palavra: são delinquentes que não respeitam a memória da pessoa que se foi e também não respeitam a família", afirma ela.

Polícia faz investigação
Conforme o GLOBO noticiou, a Superintendência de Informações e Inteligência Policial (SIIP) da Polícia Civil de Minas Gerais anunciou que tem realizado levantamentos para identificar todos os acessos ao laudo do IML onde foi realizada a necropsia da cantora Marília Mendonça.

Em nota, a polícia afirma que instaurou um procedimento administrativo para apurar os fatos assim que tomou conhecimento do vazamento das fotos. “A Polícia Civil informa que o sistema onde ficam armazenados os documentos investigativos são auditáveis, e que a SIIP já está realizando os levantamentos com vistas a identificar todos os acessos ao referido laudo. A PCMG esclarece que não coaduna com esses acontecimentos e assegura que a ação está sendo apurada para esclarecimentos e responsabilização dos envolvidos”, diz o comunicado.

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