'Estamos lutando pela democracia', diz Daniela Mercury durante turnê nos EUA
'Temos que lutar para defender a natureza, os indígenas, as minorias. Direitos humanos. Isso é muito importante', completa a cantora baiana
Em turnê pelos Estados Unidos, a cantora Daniela Mercury, 54, foi destaque no jornal New York Times e citada por suas letras que defendem a tolerância e os direitos das mulheres. Questionada sobre o fato, ela fala da importância de levantar essas bandeiras. "A sociedade brasileira está lutando pela democracia, lutando contra o autoritarismo, lutando pela educação. Temos que lutar para defender a natureza, os indígenas, as minorias. Direitos humanos. Isso é muito importante."
A reportagem avalia que as falas de Mercury representam o momento do Brasil, que "passa por uma das épocas mais politicamente divididas e voláteis de sua história" e como ela vem lidando com essa questão. "Sempre preferi um diálogo com todos os lados. O problema nunca é apenas governo; é a sociedade. Precisamos conversar sobre isso de maneira educada. Lutar de maneira civilizada. Qualquer outra coisa é brutalidade", afirma a cantora.
Leia também:
A 'solidão desejada' de Marcello Rangel em seu primeiro disco
Zeca Pagodinho volta às raízes e dialoga com a realidade brasileira em "Mais Feliz"
Ao longa da entrevista, a artista ainda fala sobre as origens de sua música e o significado. "Axé é uma maneira afirmativa de iniciar discussões contra a opressão. Contra a exclusão social. Contra a discriminação racial. Isso para mim era uma nova linguagem poética", afirmou a cantora. "Sou privilegiada porque nunca fui discriminada com base na minha cor ou no meu cabelo", disse ela. "Sou aliada à luta contra o racismo há mais de 40 anos e continuarei sendo".