Ex-atacante Denílson, músico, aluguel: entenda as dívidas do cantor Belo
Cantor, que teve R$ 205 mil penhorados para pagar músico, acumula cobranças de dívidas. A mais conhecida, com Denílson, já dura mais de 20 anos
Somando mais um capítulo na briga entre Denílson e Belo, que já dura 23 anos, a 5ª Vara Cível de São Paulo, em decisão publicada na última sexta (30) pelo juiz Carlo Melfi, autorizou o músico Alexandre Pereira ter prioridade na penhora dos valores depositados pela Abramus (Associação Brasileira de Música e Artes) referentes a direitos autorais.
Até então, o ex-atacante da seleção brasileira estava sacando os valores depositados mensalmente pela entidade. Com a decisão da Justiça paulista, o músico terá prioridade nos próximos bloqueios, em "crédito privilegiado de cunho alimentício", dentro de uma ação trabalhista de R$ 205 mil movida contra Belo.
A prioridade foi dada a Pereira por ser uma ação trabalhista. O músico destacou que esgotou todas as tentativas de recebimento do crédito naquele processo, não restando outra alternativa. Contudo, o juiz ressaltou que, no momento, não existem valores a serem levantados no processo de Denílson.
Belo, que acumulou diversos problemas judiciais ao longo dos anos, teria uma dívida total que já ultrapassaria os R$ 7 milhões, cujo valor ele contesta.
Pereira não foi o único músico a solicitar recebimento de dívida antes do ex-jogador Denílson. Sirley Ferreira teve seu pedido negado alguns dias antes, uma vez que não havia nenhuma comunicação da Justiça do Trabalho para que fossem penhorados valores recebidos pelo ex-atleta.
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Esses eventos somam-se com outros problemas que Belo já enfrentou na Justiça. A mais antiga e conhecida das dívidas é com o ex-jogador Denílson, que, em 1999 comprou o grupo Soweto, e, pouco tempo depois, em 2000, processou o cantor por quebra de contrato, quando ele saiu da banda e optou por carreira solo.
Em 2004, Belo foi condenado a pagar R$ 388 mil ao ex-jogador. Contudo, o valor não foi quitado até hoje, acrescido de correção monetária. O cantor justificou o não pagamento alegando que não reconhecia Denílson como detentor dos direitos da banda e afirmando que nunca recebeu aporte financeiro do ex-jogador entre 1999 e 2000.
Até o momento, a defesa do músico calcula que cerca de R$ 1,7 milhão em direitos autorais das músicas de Belo já tenham sido penhorados, recebidos por Denílson com o bloqueio nas contas do cantor nos repasses feitos pela Abramus. Saiba outras dívidas imputadas pela Justiça ao cantor.
Dívida com hospital
Belo e sua mulher, Gracyanne Barbosa, foram condenados pela Justiça de São Paulo a pagar R$ 3,5 mil por uma dívida com o Hospital São Camilo Ipiranga, por tratamentos médicos realizados no local em dezembro de 2018. A Justiça rejeitou em agosto os embargos declaratórios da defesa do jogador, que pediam a extinção do processo alegando que a dívida já havia sido quitada.
Dívida com advogados
Em 2017, Belo foi processado por advogados que alegaram falta de pagamento referente a processos em que o defenderam durante oito anos. O cantor foi condenado em 2019 a quitar a dívida de cerca de R$ 40 mil. Atualmente, o valor corresponde a cerca de R$ 66 mil.
Dívida com aluguel
Belo e Gracyanne Barbosa foram alvos do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) por falta de pagamento do aluguel de um imóvel em Moema, região nobre da capital paulista. O casal, que recebeu uma ordem de despejo, estaria devendo aluguéis, IPTU e contas de consumo em atraso no valor de R$ 221.159,86. Além do pagamento da multa de rescisão contratual de R$ 46.139,85.
Em comunicado, o advogado do casal, Marcelo Passos, afirma que “não procedem as informações” já que Belo e Gracyanne "não assinaram qualquer contrato de locação residencial" e que o casal também não foi citado no processo. Segundo o texto, a ação que tramita no Tribunal de Justiça de São Paulo, estão em discussão valores devidos pela empresa Central de Shows de Eventos Ltda. pela locação de um imóvel no bairro Planalto Paulista, em São Paulo.