LUTO

Ex-dupla de João Carreiro, Capataz lamenta a morte de cantor nas redes sociais

Cantores não se falavam desde o fim da dupla, em 2014, e Capataz chegou a entrar com processo por danos morais contra o ex-parceiro, em 2017

João Carreiro em foto postada por CapatazJoão Carreiro em foto postada por Capataz - Foto: Reprodução/Instagram

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• Sertanejo João Carreiro morre aos 41 anos, após cirurgia no coração

Dupla de João Carreiro entre 2006 e 2014, Capataz lamentou nas redes a morte do antigo parceiro, na noite desta quarta-feira (3)os 41 anos, após uma cirurgia no coração. O cantor e compositor postou uma foto antiga da dupla com a seguinte mensagem: "Recebi esta notícia triste ao lado da minha filha , ela hoje com 21 anos, lembro quando começamos , (ela na barriga da mãe) , chorou ao meu lado … ninguém além de nós saberemos o que vivemos … Deus sabe o meu coração … vá em paz João , Deus conforte sua família e te receba de braços abertos …".

Os cuiabanos João Sérgio Batista Corrêa Filho, o João Carreiro, e Hilton Cesar Serafim da Silva, o Capataz, despontaram no Centro-Oeste com músicas como "Desatino" e "Lágrimas de Crocodilo". Depois de a música "Bruto, rústico e sistemático", presente no álbum "Os brutos do sertanejo", integrar a trilha sonora da novela "Paraíso" (2009), da TV Globo, a dupla conquistou um número maior de ouvintes e obteve sucesso em nível nacional. Em 2011, outra canção foi destaque num folhetim televisivo — "Xique bacanizado", tema da trama de "Araguaia".

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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No projeto musical "Lado A e Lado B", também de 2011, a dupla voltou às raízes ao gravar 21 músicas do sertanejo tradicional — interpretadas pela voz grave dos cantores —, sendo 15 delas inéditas. A continuação do projeto veio com com o trabalho "Lado B", com outras 18 músicas de João Carreiro.

É da dupla, também, sucessos como "O que essa moça fez aqui?", "Volta pro meu coração" e "É pra cabá (Pequi do Goiás)", todas composições de João Carreiro. Em 2013, João se afastou dos palcos para tratar problemas de saúde mental, e no ano seguinte a dupla anunciou o fim da parceria. À época, João Carreiro revelou que enfrentava uma depressão e sintomas de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

As questões entre os dois acabariam na Justiça anos depois. Em 2017, Capataz entrou com ação judicial contra João Carreiro, após uma entrevista na qual criticou o ex-parceiro, que seguiu carreira com outro cantor com a dupla Carreiro e Capataz. Na ação, o cantor pedia que a entrevista fosse tirada do ar e uma indenização por danos morais de R$ 100 mil, mas perdeu em 2020 em primeira instância, por decisão do juiz Sandro Nogueira de Barros Leite, da 4ª Vara Cível de Rio Preto (SP). Em 2018, Capataz também registrou um boletim de ocorrência na Central de Flagrantes de Rio Preto, por injúria e difamação, pedindo a retirada do vídeo da internet. A dupla não se falava desde então.

Graduado em administração de empresas, o compositor, violeiro e intérprete João Sérgio Batista Corrêa Filho se notabilizou pela defesa da cultura de viola caipira, como o próprio costumava dizer, num cenário marcado pela crescente modernização do gênero sertanejo. "Meu pai sempre escutou Tião Carreiro & Pardinho. Para mim, consequentemente, não foi diferente. Cresci escutando isso, e sempre fui até muito bitolado nessa parte da viola e do cantar grave", contou ele, em entrevista ao canal do jornalista André Piunti, em outubro de 2021.

 

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