Artes Visuais

Exposição de Silvio Zancheti tem abertura adiada em função das fortes chuvas; saiba a nova data

"A Poesia, a Tragédia e os Sertões" fica em cartaz no Museu Murillo La Greca até 15 de julho

Obra de Silvio ZanchetiObra de Silvio Zancheti - Foto: Reprodução

A abertura da exposição da "A Poesia, a Tragédia e os Sertões", de Silvio Zancheti, que ocorreria nesta quinta-feira (25), foi adiada. Em função da previsão de fortes chuvas, a data foi alterada para a próxima terça-feira (30), às 19h, no Museu Murillo La Greca.

Inspirada na obra literária “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, a mostra promete provocar reflexões sobre a relação entre eventos históricos e expressões artísticas. A curadoria é assinada por Raul Córdula
 

O artista plástico trabalha em sua obra a oposição entre o horror e a beleza, acrescentando uma dimensão trágica a sua expressão artística. A exposição vai permanecer em cartaz no Murillo La Greca até o dia 15 de julho. 

"Eu trabalho muito com literatura, que é o ponto de partida para minha obra plástica. E tem um conceito de saber como eu passo de uma obra literária para a arte plástica, que são duas linguagens totalmente diferentes. A exposição é a busca dessa transição, que é um problema antiguissimo", explica Silvio Zancheti.

Segundo ele, a escolha da obra de Euclides da Cunha não foi ao acaso. "Escolhi 'Os sertões' porque me interesso por literatura e acho essa uma das obras mais importantes da língua portuguesa", comenta o artista. "Eu queria saber como eu capturo a poesia dos Serões e levo isso para a arte plástica sem que seja uma mera ilustração".

Para conceber o conceito da exposição, o artista plástico precisou mergulhar por muito tempo e se aprofundar na obra literária. "Na leitura do livro eu separei sentenças e frases, passei dois anos fazendo isso, e escolhi sete frases para fazer interpretações", conta.

Para compor suas peças, ele utilizou imagens de época do fotógrafo brasileiro Flávio Barros, notório por ser o autor dos únicos registros fotográficos existentes da quarta (e última) expedição da Guerra de Canudos. Também integram a exposição objetos e elementos naturais da caatinga.

"Interpretei como paisagens do ambiente da caatinga, mas são paisagens imaginadas. Um dos elementos da realidade da caatinga, como o relevo, a vegetação, o solo. São imagens que eu componho que estão associadas àquelas sentenças", detalha o artista.


 

 

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