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ARTES VISUAIS

Exposição do artista Diogum celebra ancestralidade dos orixás, na Amparo 60, no Recife

A mostra ''Ferro Ifé - O atlântico negro de Diogum'' contém cerca de 30 obras forjadas em ferro pelo artista

A coletânea ''Ferro Ifé - O atlântico negro de Diogum'', reúne peças grandes, paineis e joias de paredeA coletânea ''Ferro Ifé - O atlântico negro de Diogum'', reúne peças grandes, paineis e joias de parede - Foto: Danilo Galvão

Celebrando a ancestralidade dos orixás, com inspiração nos simbolismos e na conexão com o feminino, a primeira exposição individual do artista plástico recifense Diogum, aportou na Galeria Amparo 60 para visitação, nesta sexta-feira (5). Intitulada ''Ferro Ifé - O atlântico negro de Diogum'', a coletânea reúne aproximadamente 30 obras forjadas em ferro pelo artista. 

A exposição, que fica na Amparo 60 até 5 de agosto, foi confeccionada pela motivação de homenagear símbolos divinos, imprimindo uma carnalidade em ferro das intenções e arquétipos de orixás nas peças grandes, paineis e joias de parede. A mostra tem curadoria de Bruno Albertim. 

''Filho de um exímio serralheiro do bairro de São José, uma das três ilhas centrais do Recife, Diogum teve na idade adulta a percepção da ancestralidade e do poder libertador, concreta e simbolicamente, dos elementos com os quais a família tinha forjado a vida'', escreve Bruno sobre o artista em seu texto curatorial. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Diogum explorou nas suas obras a tradição ferreira dos povos de origens africanas no Brasil, a partir da dualidade de objetos-metáfora que libertam e conduzem, retêm ou aprisionam, assim como ferro e fogo. O artista promove um diálogo com a incorporação do nome de seu orixá à própria identidade e ao oceano histórico de ir-e-vir de um Atlântico Negro.

''Eu procuro trazer leveza ao ferro, uma matéria-prima pesada, dura, e que lembra força. Mas ali eu forjo o feminino, proteção, defesa e longevidade'', explica o artista, que completa lembrando que a palavra Ifé, no nome da exposição, significa amor em Yorubá. 

Em 2019, DIOGUM participou de uma grande coletiva em Paris, organizada na Galeria Nesle, em Saint-Germain-des-Prés, pela Art Freedom. Atualmente seu trabalho também pode ser visto na Oficina Francisco Brennand, em Recife, na coleção de novíssimos contemporâneos da Fundação Roberto Marinho e na casa de Jorge Amado, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador.

SERVIÇO
Exposição ''Ferro Ifé - O atlântico negro de Diogum''

Onde: Galeria Amparo 60 (3º andar da Dona Santa) - Rua Professor Eduardo Wanderley Filho, 187, Boa Viagem
Visitação: De 5 julho a 5 de agosto de 2024.
Segunda a sexta, das 10h às 19h
Sábados das 10h às 15h, com agendamento prévio

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