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OLINDA

Exposição póstuma que exibe obras inéditas de Humberto Magno inaugura nesta quinta (30), em Olinda

A mostra faz parte do circuito comemorativo dos 40 anos do Ateliê de Iza do Amparo

Humberto MagnoHumberto Magno - Foto: Catarina DeeJah

Exposição que exibe obras inéditas de Humberto Magno inaugura nesta quinta (30), em Olinda
Mostra inaugura nesta quinta-feira, dia 30, no Museu Regional de Olinda (Mureo), e é a terceira em comemoração aos 40 anos do Ateliê Iza do Amparo

Inaugura, nesta quinta (30), às 18h, no Museu Regional de Olinda (Mureo), a exposição “Artista-Reincidente Humberto Magno: Vestígios de Estranha Civilização”, mostra póstuma que apresenta um conjunto de 25 trabalhos em isopor – inéditos – do artista plástico falecido em 2021.

Mais conhecido  pela pintura, Magno se  dedicou por mais de 30 anos à pesquisa e técnica de composição e pintura de isopores que coletava nas ruas do Recife. Sua produção nesse material só havia sido apresentada em 2015, na mostra “Permanência da Arte”, realizada na casa do artista Luciano Pinheiro, em Olinda.

A exposição que inaugura nesta quinta (30) acontece dentro do circuito “Da Casa-Ateliê de Artistas-Etcétera ao Agora: Duas Gerações, Quatro Desdobramentos”, que celebra os 40 anos do Ateliê de Iza do Amparo, criado junto com Humberto Magno, com quem Iza foi casada e teve os filhos Paulinho do Amparo e Catarina DeeJah.

“Artista-Reincidente Humberto Magno: Vestígios de Estranha Civilização” tem curadoria de Ana Gabriella Aires. 

“Tendo iniciado a relação com o isopor no início dos anos 90, o artista investiu na inusitada relação com esse material tão efêmero, sem valor comercial, e que impressiona, mesmo enquanto peça de arte, ter resistido, mesmo que, ironicamente, o isopor seja percebido por sua demora em se decompor na natureza”, diz a curadora.

No texto curatorial, Ana Gabriella acrescenta que é interessante observar que Humberto Magno “fez de diversas peças descartáveis, possível lixo, interessantes objetos estranhos que carregam vestígios de nossa civilização”. Ela, também, direciona o espectador a notar “vestígios do urbanista, do pintor, do artista que quis guardar consigo um tanto da cidade, da paisagem em ruína”.

Sobre o artista
Nascido em Garanhuns, além de pintor, Humberto Magno era urbanista. Formou-se em Salvador, onde começou a trabalhar com pintura e produção de murais.

Chegou a Olinda juntamente com Iza do Amparo e fundaram juntos, em 1981, na rua do Amparo, a casa-ateliê, em um momento efervescente da cena das artes plásticas pernambucana, especialmente, no Sítio Histórico de Olinda, onde estavam estabelecidos dezenas de ateliês.

Iza do Amparo e Humberto Magno, ao lado de Rodolfo Mesquita, Ismael Caldas, Jairo Arcoverde, Ney Quadros, Roberto Amorim, Anchises Azevedo, Montez Magno, eram participantes de um grupo (não um coletivo) que, nas palavras do curador Raul Córdula, “contestaram o status quo da elite da arte no Recife”, naquele momento.

SERVIÇO
Exposição “Artista-Reincidente Humberto Magno: Vestígios de Estranha Civilização”

Quando: Quinta (30), às 18h (abertura)
Visitação: até 22 de fevereiro
Onde: Museu Regional de Olinda (Mureo) - Rua do Amparo, 128, Amparo - Olinda-PE
Horários: de terça a domingo, das 10h às 16h; com monitoria de quinta a domingo, das 14h às 16h

 

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