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Ciência e história

Felipe Castanhari desvenda os mistérios da humanidade em nova série da Netflix

Com oito episódios, "Mundo Mistério" aborda temas como viagem no tempo e os desaparecimentos no Triângulo das Bermudas

Felipe Castanhari mantém no YouTube o Canal Nostalgia, com mais de 13 milhões de assinantesFelipe Castanhari mantém no YouTube o Canal Nostalgia, com mais de 13 milhões de assinantes - Foto: Divulgação/Netflix

Quem acompanha o Canal Nostalgia - que conta com mais 13 milhões de inscritos - está acostumado a ver o youtuber Felipe Castanhari falando sobre curiosidades da ciência e da história de forma simples e divertida. Essa mesma abordagem que o apresentador traz em seus vídeos na internet agora também poderá ser vista na Netflix, só que de maneira amplificada, através da série “Mundo Mistério”, que estreia nesta terça-feira (4).

O programa conta com 8 episódios de cerca de 30 minutos de duração, que prometem desvendar alguns dos mistérios mais intrigantes da humanidade. Entre os temas tratados, estão os desaparecimentos no Triângulo das Bermudas, viagem no tempo, a peste bubônica e a possibilidade de um apocalipse zumbi. Embora muitos dos assuntos estejam relacionados à cultura pop, todos são tratados à luz do conhecimento científico.

“Os temas foram escolhidos, basicamente, analisando o que era mais pedido nos comentários dos meus vídeos. Queria tratar de coisas que gerassem interesse nas pessoas. Daí veio a ideia de pegar esses mistérios famosos e fazer algo diferente, tentando explicá-los racionalmente, deixando de lado os mitos e teorias da conspiração”, afirmou Castanhari, em entrevista à Folha de Pernambuco. 

Consultoria de especialistas

O influenciador digital chegou a ser alvo de críticas nas redes sociais por não possuir formação acadêmica nas áreas que sua série abrange. Ele, no entanto, rebate os questionamentos afirmando que contou com uma equipe de especialistas ao seu lado para a elaboração dos episódios.

“Não sou cientista. Claro que precisei dos especialistas. Essa série não seria nada sem eles. Contratamos uma empresa de consultoria científica, que foi atrás dos profissionais necessários para cada área. Eles produziram pesquisas sobre os temas escolhidos os roteiros foram escritos com base nisso. Também estiveram presentes na pós-produção,  revisando os episódios e até as representações visuais que utilizamos”, detalhou. 

Dedicação total

Castanhari conta que participou quase todos os processos envolvendo a elaboração do programa. Além de apresentar, ele dirige e assina o roteiro, com colaboração de Rob Gordon e Israel Motta. Também chegou a colaborar com a direção de arte, a elaboração da identidade visual e até mesmo editou alguns episódios. Tanto envolvimento fez com ele, ao longo dos dois últimos anos, deixasse um pouco de lado o canal que mantém no YouTube desde 2011.

“Eventualmente, eu tirava alguma semana para produzir um ou outro conteúdo para o YouTube que eu achava muito necessário, como foi no caso do vídeo sobre as queimadas na Amazônia. Fora isso, todo o meu tempo disponível foi dedicado à série. Esse é o projeto com o qual eu mais me envolvi em toda a minha vida e, se o resultado final ficou tão bacana, acho que foi por causa de toda essa dedicação”, defende. 

Diferente do que ocorre na maioria dos seus vídeos na internet, Castanhari não estará sozinho na tela em “Mundo Mistério”. Para que os assuntos sejam abordados de maneira mais didática, o youtuber terá a companhia de três personagens: a cientista Dra. Thay (Lilian Regina), o zelador Betinho (Bruno Miranda) e o supercomputador Briggs (dublado por Guilherme Briggs).

Estrutura 

Além do cenário do programa, que reproduz o ambiente de um laboratório, o apresentador gravou em locações como as ilhas Bermudas, um castelo na Inglaterra e um santuário de lobos nos Estados Unidos. Para explicar os fenômenos, a série utiliza desde experimentos científicos até animações. Ter acesso a essa estrutura de produção foi o que fez Castanhari resolver migrar para o streaming.

“Com Netflix eu posso levar aquilo que eu já fazia para um novo patamar. No YouTube eu tenho uma certa limitação de recursos, mas com a maior plataforma de streaming do mundo eu consegui fazer coisas que jamais conseguiria antes”, revelou o apresentador, que já pensa em temas para uma possível segunda temporada, ainda não confirmada. 

“Gostaria muito de fazer um episódio sobre o planeta Marte, outro falando deep fake e um só focado no cérebro humano e o que a gente já descobriu sobre ele. Quando paro para pensar em temas, vêm muitas ideias na cabeça”, adianta. 

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