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Homenagem

Fernanda Torres e Fernanda Montenegro são homenageadas no Senado entre mulheres de destaque; assista

Atrizes estão entre as 19 personalidades agraciadas o diploma Bertha Lutz, concedido nesta quinta-feira (27) a personalidades que se destacam na defesa do direito das mulheres

Fernanda Torres com a mãe, Fernanda Montenegro Fernanda Torres com a mãe, Fernanda Montenegro  - Foto: Divulgação TV Globo

As atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro estão entre as 19 homenageadas pelo Senado Federal com o Diploma Bertha Lutz, entregue na manhã desta quinta-feira (27). A premiação é concedida anualmente a personalidades que se destacam na defesa de direitos das mulheres e das questões de gênero no Brasil.

Entre as agraciadas, nomes de destaque nas diversas áreas, entre educadoras, acadêmicas, cientistas, juristas e escritoras, a exemplo de Conceição Evaristo, letróloga atuante no campo da linguística e escritora brasileira com carreira marcada ela defesa da luta feminista e antirracista.

A premiação ainda presta homenagem póstuma a Antonieta de Barros (in memoriam),  primeira mulher negra a ser eleita deputada no Brasil, pelo estado de Santa Catarina, indicada pela senadora Ivete da Silveira (MDB-SC). Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, não estiveram presentes na cerimônia.  

Mulheres do cinema
Recentemente, aos 59 anos, Fernanda Torres venceu o Globo de Ouro como atriz de drama e foi uma das concorrentes ao Oscar pela sua atuação no filme brasileiro Ainda Estou Aqui (2024), premiado com o Oscar de melhor filme estrangeiro. Fernanda Montenegro, sua mãe, também atuou no filme e é uma das grandes referências d dramaturgia brasileira, aos 95 anos.

Fernanda Torres recebeu indicação da senadora Eliziane Gama (PSD- MA) para a premiação. Já a indicação de Fernanda Montenegro partiu do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Em 1999, ela foi indicada ao Oscar de melhor atriz por seu papel em Central do Brasil. As duas atrizes, mãe e filha, são as únicas brasileiras já indicadas Oscar de melhor atriz.

Veja todas as homenageadas:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Ani Heinrich Sanders - Produtora rural do Estado do Piauí, indicada pela Senadora Jussara Lima (PSD-PI)

Antonieta de Barros (in memoriam) - Primeira mulher negra a ser eleita deputada no Brasil, pelo estado de Santa Catarina. Foi indicada pela senadora Ivete da Silveira (MDB-SC)

Bruna dos Santos Costa Rodrigues - Juíza no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, indicada pela Senadora Augusta Brito (PT-CE)

Conceição Evaristo - Escritora e membro da Academia Mineira de Letras, indicada pela Senadora Teresa Leitão (PT-PE)

Cristiane Rodrigues Britto - Advogada e ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Foi indicada pela senadora

Damares Alves (Republicanos-DF) - Senadora.

Elaine Borges Monteiro Cassiano - Reitora do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), indicada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS)

Elisa de Carvalho - Pediatra, professora universitária e membro da Academia de Medicina de Brasília, indicada pela senadora Dra. Eudócia (PL-AL)

Janete Ana Ribeiro Vaz - Empreendedora e cofundadora do Grupo Sabin, indicada pela Senadora Leila Barros (PDT-DF)

Jaqueline Gomes de Jesus - Escritora, professora e primeira gestora do sistema de cotas para negros da Universidade de Brasília (UnB). Foi indicada pela Senadora Zenaide Maia (PSD-RN)

Joana Marisa de Barros - Médica mastologista e imaginologista mamária no Estado da Paraíba, indicada pela Senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB)

Lúcia Willadino Braga - Neurocientista e presidente da Rede Sarah, indicada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre

Maria Terezinha Nunes - Coordenadora da Rede Equidade e ex-cordenadora do Programa Pró-equidade de Gênero e Raça do Senado. Foi indicada pela Bancada Feminina

Marisa Serrano - Ex-senadora, indicada pela senadora Tereza Cristina (PP-MS)

Patrícia de Amorim Rêgo - Procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre, indicada pelo Senador Sérgio Petecão (PSD-AC)

Tunísia Viana de Carvalho - Mãe de Haia (caso de subtração internacional de criança) e ativista dos direitos maternos e  infantojuvenis, indicada pela senadora Mara Gabrilli (PSD-SP)

Virgínia Mendes - Filantropa e primeira-dama de Mato Grosso, indicada pela Senadora Margareth Buzetti (PSD-MT)

Viviane Senna - Filantropa e presidente do Instituto Ayrton Senna, indicada pela Senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO)

Bertha Lutz
O Diploma Bertha Lutz premia anualmente mulheres e homens que tenham oferecido contribuição relevante à defesa dos direitos da mulher e às questões de gênero no Brasil, em qualquer área de atuação. O diploma é entregue em sessão do Senado exclusivamente convocada para esse fim, durante as atividades do Dia Internacional da Mulher (8 de março). 

O nome do prêmio é uma homenagem à bióloga e advogada paulista Bertha Maria Julia Lutz, que foi uma das figuras mais significativas do feminismo e da educação no Brasil do século 20.

Aprovada em um concurso público para o cargo de pesquisadora e professora do Museu Nacional no ano de 1919, tornou-se a segunda brasileira a fazer parte do serviço público no Brasil. Além disso, ela fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF).

Uma das principais bandeiras levantadas por Bertha Lutz era garantir às mulheres os seus direitos políticos. Em 1934, ela foi eleita suplente de deputado federal. Em 1936, assumiu o mandato de deputada. Bertha Lutz morreu em 1976, no Rio de Janeiro.

 

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