Fernanda Torres fala pela primeira vez sobre convite para viver Odete Roitman
Em plena campanha pelo filme 'Ainda estou aqui' no Oscar, atriz conta porque não aceitou o papel: 'Não dava para eu começar um trabalho dessa responsa já cansada'
Fernanda Torres falou pela primeira vez sobre ter sido convidada para interpretar Odete Roitman no remake de "Vale tudo". Em entrevista ao Globo, que será publicada na íntegra no próximo domingo (3), a atriz confirmou o convite. E explicou suas razões para não aceitar o papel de uma das maiores vilãs da televisão brasileira - vivida por Beatriz Segall na versão original do folhetim (exibida entre 1988/1989) e que agora será encarnada por Débora Bloch.
Fernanda está em Los Angeles, onde encampa de maneira firme e forte a campanha do filme "Ainda estou aqui", de Walter Salles, pelo Oscar e outras premiações internacionais. O longa, que estreia nos cinemas no próximo dia 7, vai representará o Brasil na disputa pelo Oscar 2025 na categoria de Melhor Filme Internacional.
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A atriz protagoniza o filme, que conta a história da advogada Eunice Paiva, companheira do deputado Rubens Paiva, assassinado pela ditadura militar e que, no longa, é interpretado por Selton Mello.
Leia um trecho da entrevista de Fernanda:
Disseram que você negou o convite para viver Odete Roitman para de dedicar à campanha de "Ainda estou aqui" pelo Oscar. Foi isso mesmo? Houve o convite e o motivo de não aceitar foi esse?
Houve o convite lá atrás, mas fui vendo que o filme estava crescendo. Liguei e disse que não ia dar porque começaria em dezembro. Falaram que talvez desse para segurar até março. Com o resultado de Veneza, a onda cresceu muito. Tudo é muito cansativo e não dava para eu começar um trabalho dessa responsa já cansada. Mas isso é natural. Eu não era a primeira opção do Walter para o "Ainda estou aqui". Essas coisas são normais no nosso trabalho. É de quem faz no fim.
E ter feito esse filme foi um divisor de águas para mim. Sou uma atriz diferente depois de ter feito Eunice, ter experimentado os sentimentos que experimentei com ela, de voltar a trabalhar com o Walter (com que rodou "Terra Estrangeira", filme de 1995), de atuar num registro que há muito tempo eu não vinha trabalhando como atriz e dar conta dele.