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Música

Fernando Duarte lança "Um frevo impossível dois"

Agora, o artista tem três discos e um EP de frevos inéditos e pretende continuar produzindo novos trabalhos

Fernando Duarte lançou  seu novo disco ,"Um frevo impossível"Fernando Duarte lançou seu novo disco ,"Um frevo impossível" - Foto: Divulgação

Após lançar o primeiro disco, em 2019, que revelou sua verve de compositor de frevos, o artista plástico Fernando Duarte não parou de produzir e, em apenas dois anos, lança seu quarto trabalho musical, o álbum "Um frevo impossível dois", já disponível nas plataformas digitais. Agora, o artista tem três discos e um EP de frevos inéditos e pretende continuar produzindo música pela frente.

Ainda em 2019, logo após o lançamento do álbum de estreia, Fernando já começava a articular a produção do segundo disco da série. Antes do Carnaval de 2020, ele já tinha conversado com Felipe Maia, do estúdio MIDIOUT, que fez arranjos e a produção artística de ambas as edições. "Durante o ano de 2020, mesmo com a pandemia, escolhemos as músicas, sugestões de possíveis intérpretes, contatos e Felipe Maia começou as propostas de arranjos. Foi um caminho lento. Difícil", conta o artista.
"Um frevo impossível dois"

O álbum conta com 14 faixas, todas concebidas como frevo, algumas mais minimalistas, outras mais curtas. "Quatro delas foram compostas em meados dos anos 1990. Duas nos anos 2010. Seis em 2019 e duas em 2020", explica Fernando. A direção geral e musical foi de Felipe Maia, que fez também os arranjos, exceto os das músicas Digital (Alex Mono) e Ela e Ele (Sérgio Lima).

"Procurei intérpretes representativos daquilo que avaliava e ainda avalio como acontecendo na verdadeira revolução/mudanças que passa o frevo. A recepção por parte dos artistas foi maravilhosa. Solidária", agradece. Cada uma das faixas teve um intérprete diferente. Participaram Kleber Araújo, Geraldo Maia, Marcos Allouchard, Wander B., Lu Limeira, Marcos Varaze, Mônica Feijó, Feiticeiro Julião, Gangga Barreto, Bloco Quero Ver Quem Vai, Xico de Assis, Ciel Santos e Banda Viruz, Alex Mono e Vera Porto.

Ouça: 

Intérpretes de "Um frevo impossível dois":

1. ATENÇÃO, ATENÇÃO - Kleber Araújo
2. LADEIRA DA SAUDADE - Geraldo Maia
3. NA LUA - Marcos Allouchard
4. DAQUI NÃO SAIO – Wander B.
5. DESARCERTO DE MARCHA -  Lu Limeira
6. PARALELEPÍPADO – Marcos Varaze
7. PASSO SUFOCO – Mônica Feijó
8. OLHA A VALSA – Feiticeiro Julião
9. ELA E ELE – Gangga Barreto
10. SE VOCÊ FOR – Bloco Quero Ver Quem Vai 
11. NÃO ME DIGA ADEUS – Xico de Assis
12. SOLUÇÃO – Ciel Santos e Banda Viruz
13. DIGITAL – Alex Mono
14. EMPRÉSTIMO – Vera Porto



Produção a todo vapor
Enquanto preparava "Um frevo impossível dois", outros projetos foram realizados, ampliando a acervo fonográfico de Fernando Duarte. "No início de 2021, mantive contato com Alex Mono para fazermos um pequeno songbook com outros frevos. Ficou tão bom o resultado inicial que resolvemos fazer um álbum. Alex trabalhou de fevereiro a novembro e em dezembro lançamos 'Outros frevos'", relata.

Ainda em 2020, foi lançado um EP "Mais frevos impossíveis", realizado por Surama Ramos e Henrique Albino, com quatro faixas que estão disponíveis no Youtube. Enquanto isso, Felipe Maia continuou trabalhando. Acelerou o processo em outubro e novembro de 2021, e começou a gravar as vozes, concluindo agora em fevereiro todas as 14 músicas de "Um frevo impossível dois", que acaba de ser lançado.  

Processo de criação
"Sou um compositor de frevos e meu maior prazer é ver a música vestida dos seus arranjos e interpretações. Como não sou músico e não toco qualquer instrumento, gravo as ideias que surgem em um gravador (atualmente no celular). Às vezes surgem músicas completas, às vezes trechos que vou complementando e desenvolvendo com as letras", relata Fernando.

O compositor conta que a paixão pelo frevo surgiu na juventude. "Fui um folião desses de sair atrás da orquestra do Homem da Meia-noite, o frevo está no meu corpo. Faço frevos como se estivesse brincando, no meio da massa. Penso sobre isso. Me coloco nessa situação. Não sou plateia, sou folião", aponta. 

"O frevo é um campo de invenção. Está em aberto. Misturado. Inventivo. Como foi e como será. E pode receber a contribuição dos vários campos da arte, estabelecendo diálogos com outros gêneros musicais, com outros temas, com outras poesias. Podendo incorporar caminhos já encontrados e conquistados. E a nossa base é sempre a tradição", finaliza.

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