Filho de Robin Williams: depressão e alcoolismo após morte do ator
"Fiquei traumatizado", afirma o filho do ator, que comemora a superação da fase
Zak Williams, 37, filho mais velho do ator Robin Williams, afirmou em entrevista à revista People, que enfrentou uma depressão profunda e se rendeu ao álcool após o suicídio do pai em 2014, aos 63 anos. "Fiquei traumatizado", afirma ele, que agora comemora a superação dessa fase.
"Eu estava profundamente infeliz e me sentindo extremamente isolado e quebrado. Fiquei traumatizado", contou ele, que percebeu como estava saindo do controle. "No final das contas, descobri que, se continuasse a viver assim, não seria uma vida que valesse a pena ser vivida. Algo tinha que acontecer", diz ele.
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Preocupado com o rumo que sua vida estava tomando, Zak afirma que começou a participar de reuniões do grupo e recorreu também à terapia, à alimentação saudável, aos exercícios e à meditação. Como resultado, ele lançou neste ano a empresa PYM (Prepare Your Mind), que promove o apoio à saúde mental.
Para marcar a boa fase, Zak se casou com a mulher, Olivia, 34, no último sábado (10), e se diz orgulhoso do filho Mickey, de 17 meses, cujo nome completo é McLaurin, o nome do meio de Robin. "Estou emocionado por ter uma família e viver a vida que sempre quis viver", diz ele.
"Aprendi que não estou quebrado. Apesar de passar por eventos traumáticos, posso me recuperar. E agora estou no caminho da cura e de ser a pessoa que sempre quis ser", afirma ele, que é o mais velho dos quatro filhos do ator. O ator também deixou a esposa, Susan Schneider, 56, com quem estava casado desde 2011.
Veja como detectar sinais de que uma pessoa precisa de ajuda:
SINAIS SIMPLES
Falar sobre querer morrer, não ter propósito, ser um peso para os outros ou estar se sentindo preso ou sob dor insuportável;
Procurar formas de se matar;
Usar mais álcool ou drogas;
Agir de modo ansioso, agitado ou irresponsável;
Dormir muito ou pouco;
Se sentir isolado;
Demonstrar raiva ou falar sobre vingança;
Ter alterações de humor extremas.
O QUE FAZER
Não deixe a pessoa sozinha;
Tire de perto armas de fogo, álcool, drogas ou objetos cortantes;
Leve a pessoa para uma assistência especializada;
Ligue para canais de ajuda.
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É o telefone do Centro de Valorização da Vida (CVV). Também é possível receber apoio emocional via internet (www.cvv.org.br), email, chat e Skype 24 horas por dia.