Flaviola, ícone da psicodelia pernambucana, morre de Covid-19
Músico recifense, que faleceu ao 68 anos, marcou a cena musical dos anos 1970
O músico pernambucano Flávio Lira, mais conhecido como Flaviola, faleceu neste sábado (12), em decorrência da Covid-19. O artista tinha 68 anos e estava internado no Hospital Português, no Recife.
Flaviola foi um dos principais nomes da cena musical psicodélica pernambucana dos anos 1970, ao lado de Alceu Valença, Ave Sangria, Lula Côrtes, Marconi Notaro e Lailson. Seu primeiro disco, o icônico “Flaviola e O Bando do Sol” (1974), é considerado uma referência do chamado movimento Udigrudi.
Residente no Rio de Janeiro por várias décadas, Flaviola passou mais de 20 anos sem visitar o Recife. Em 2015, voltou à terra de origem a convite do Festival Abril Pro Rock. Na ocasião, se apresentou no palco do Baile Perfumado, acompanhado de Zé da Flauta, Juliano Holanda e Juvenil Silva.
Leia também
• Morre, aos 56, o baterista Flávio Guaraná, do bloco Quem tem Boca Vaia Roma
• Morre cineasta e ator Julio Calasso, de 'Longo Caminho da Morte', aos 80 anos
• Morre atriz Camila Amado, da novela 'Éramos Seis', aos 82
“Flaviola e O Bando do Sol” chegou a ganhar uma reedição em LP em 2020. No mesmo ano, o pernambucano retornou ao mercado fonográfico com seu segundo álbum, “Ex-tudo”. A capa expõe uma foto do músico na UTI, em 2019, quando ele ficou internado por problemas no coração.
Em parceria com Zé Ramalho, Flaviola escreveu músicas como “Martelo dos 30 anos”, “Quasar do sertão” e “Décimas de um cantador”. Também criou trilhas para espetáculos teatrais e dirigiu shows de outros artistas, como a cantora Elza Soares.