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LITERATURA

Flip 2024 confirma presença do escritor francês Édouard Louis, que terá novo romance editado no País

Autor aproveitará viagem ao país para lançar ''Monique se liberta'', livro sobre a mãe

Édouard Louis foi confirmado na 22ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) Édouard Louis foi confirmado na 22ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip)  - Foto: Divulgação

A 22ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) já tem mais um autor confirmado: Édouard Louis, um dos principais nomes da literatura francesa contemporânea e expoente da autoficção. Louis, que tem 31 anos, aproveitará a vinda ao Brasil para lançar um novo romance, ''Monique se liberta'', espécie de continuação de ''Lutas e metamorfoses de uma mulher''.

A obra foi editada no ano passado e dedicado à vida da mãe, que após décadas de privações e violência masculina, largou o marido para ser feliz em Paris. A presença de Louis foi confirmada pela Flip nesta sexta-feira (12), mas a informação já havia sido antecipada pelo colunista do GLOBO Ancelmo Gois.

O projeto literário de Louis é retratar a vida dos marginalizados na França em romances autobiográficos. Ele tem outros cinco livros já publicados no Brasil. Os dois primeiros foram lançados pela Planeta: “O fim de Eddy”, sobre a homofobia da cidade operária onde cresceu, e “A história da violência”, no qual revela ter sido estuprado por um imigrante árabe e denuncia o racismo francês.

Além de “Lutas e metamorfoses de uma mulher”, a Todavia publicou “Quem matou meu pai”, que discute como como a origem humilde do patriarca, suas noções de masculinidade e o descaso do Estado destruíram sua vida, e “Mudar: método”, no qual o autor revista sua própria trajetória do empobrecido Norte da França à intelectualidade parisiense.

“Édouard Louis é um dos intelectuais mais fundamentais do mundo, ao personificar na sua belíssima mistura de ensaio e memória, uma série de questões incontornáveis para entender o mundo hoje”, disse em nota a curadora da Flip, a editora Ana Lima Cecilio. Ela também ressaltou que é “importante discutir como a mobilidade social”, tema recorrente nos livros do autor, “é um instrumento poderoso para lidar com o ódio, com as diferenças sociais e como o papel dos escritores e da leitura é central nisso”.

Em entrevista ao GLOBO no ano passado, Louis afirmou que escreve para vingar sua classe social.

— Para mim, a literatura pode servir para absolver os dominados ao mostrar as forças sociais por trás de comportamentos individuais — declarou.

Este ano, a Flip acontece entre 9 e 13 de outubro e homenageia João do Rio. A primeira autora confirmada na festa foi a italiana Ilaria Gaspari, que recupera o pensamento dos filósofos da Grécia Antiga para pensar os dilemas da vida contemporânea.

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