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Música

'Flor do Milênio': Jaques Morelembaum e CelloSam3aTrio lança novo álbum

Disco estará disponível ao público, em formato digital a partir do próximo dia 4 de março, nas principais plataformas de streaming e gratuitamente no Sesc Digital

Jaques Morelenbaum Cello Samba TrioJaques Morelenbaum Cello Samba Trio - Foto: Matheus José Maria / Divulgação

O Selo Sesc promove o lançamento de “Flor do Milênio”, segundo álbum do Jaques Morelenbaum CelloSam3aTrio, formado, há 18 anos, pelo violoncelista, maestro, arranjador, compositor e produtor musical carioca Jaques Morelenbaum, o violonista Lula Galvão e o percussionista/baterista Rafael Barata. A disponibilização ao público, em formato digital, será a partir do próximo dia 4 de março nas principais plataformas de streaming e gratuitamente no Sesc Digital. 

Para Jaques Morelenbaum, “Esse disco é a sequência, ou consequência, de muitos anos de trabalho desenvolvido com o CelloSam3aTrio, ao lado desses grandes amigos e grandes mestres Lula Galvão e Rafael Barata. Agora que estamos podendo voltar a nos reunir, eu estou muito feliz em ter a oportunidade de pensar e me dedicar à música, que tem um caráter curativo, e isso nos tem feito muito bem”.  

Ajustar o processo criativo às novas regras de convívio e limites impostos pela pandemia, aceitando e absorvendo a realidade da maneira que se apresentava, foi um importante desafio encontrado pelo CelloSam3aTrio durante a realização de “Flor do Milênio”. O álbum inaugura uma nova fase do grupo, marcada tanto pelo processo de isolamento social, que conduziu a definição do repertório e arranjos por um caminho de concepção prévia mais detalhada; quanto pelo momento do reencontro em estúdio, meses mais tarde, em que o entrosamento de uma antiga convivência pôde ser renovado e, dessa espécie de revisitação do vínculo entre os músicos, novas percepções e propostas puderam surgir e restabelecer a matriz formal e estilística do trio, influenciada principalmente por João Gilberto. 

A respeito do processo de criação em tempos de distanciamento social, Jaques explica: “Nós pudemos concretizar no estúdio todo o preparo do disco, iniciado em casa, e as primeiras ideias trocadas pela internet com o Lula [Galvão] e o [Rafael] Barata. Então é um disco diferente, um disco muito do momento que estamos vivendo, em que a gente aceitou essas limitações que a vida nos impôs para fazer a nossa música juntos, para melhorar o mundo em que estamos”. 

O momento de clausura também propiciou a Jaques desengavetar músicas guardadas há muito tempo. "CasaBrancaBrinCadeira", apresentada como single no dia 18 de fevereiro e que também abre o disco, foi composta em meados dos anos 1980 e evoca uma casa branca onde o cellista morou com os parceiros da Barca do Sol, histórica banda de rock carioca, no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Outro exemplo é "Nesse Trem que Eu Vou", que remete à década de 70, época em que Jaques estudou música em Boston e ficava extasiado com os ruídos ritmados e randômicos das rodas do trem que o conduzia a Nova York aos finais de semana. Já na faixa que dá título ao álbum, “Flor do Milênio”, destaca-se a tocante melodia, belamente melancólica, que oferece novas vestes à canção composta originalmente em 1988 para uma peça-poema homônima da poeta, compositora e violoncelista Denise Emmer, dirigida por Rubens Corrêa, e que conquistou, à primeira vista, o violoncelista que também conduz uma profícua carreira como compositor de trilhas sonoras para cinema. 

O álbum “Flor do Milênio” foi gravado em setembro de 2021 no estúdio Gargolândia, em São Paulo, e tem no rol de participantes o pianista Cristóvão Bastos, o contrabaixista Zeca Assumpção e o multinstrumentista Carlos Malta. O álbum conta com criações inéditas, faixas autorais, parcerias e composições consagradas de Chico Buarque e Dorival Caymmi. A direção artística é do próprio Morelenbaum. 

“O repertório tem músicas minhas [Jaques], uma composição minha com o Lula [Galvão], uma música do Lula, uma composição do Cristóvão Bastos, além de uma canção de Dorival Caymmi, que é uma inspiração enorme para todos nós, e outra do Chico Buarque, ‘Apesar de Você’, que é uma homenagem aos nossos anseios de que essa loucura toda passe logo”. 

Lançado oito anos após o álbum de estreia, trata-se do disco mais autoral da trajetória do CelloSam3aTrio, mas que também traz em seu compêndio, além de composições de parceiros e clássicos da música popular brasileira, uma parceria entre Dora Morelenbaum, filha de Jaques e integrante da banda Bala Desejo, e Tom Veloso. 

Repertório do Disco 
CasaBrancaBrinCadeira – Jaques Morelenbaum 
Choro, Chuva e Chelo – Cristóvão Bastos 
Firu-Haikai – Jaques Morelenbaum 
Nesse Trem que Eu Vou – Jaques Morelenbaum 
Dó a Dó – Dora Morelenbaum e Tom Veloso 
Piatã – Lula Galvão 
Canção para Caetano – Jaques Morelenbaum e Lula Galvão 
Você não Sabe Amar – Dorival Caymmi, Carlos Guinle e Hugo Lima 
Flor do Milênio (inspirado pelo poema/peça homônimo de Denise Emmer) – Jaques Morelenbaum 
Apesar de Você – Chico Buarque 

Jaques Morelenbaum 
Violoncelista, maestro, compositor, arranjador e produtor musical, Jaques Morelenbaum é filho do maestro Henrique Morelenbaum e da musicista Sarah Morelenbaum. Assim, teve seus primeiros contatos com a arte ainda na infância, tendo iniciado sua carreira como integrante da banda A Barca do Sol, dedicada ao rock progressivo e à música popular brasileira, durante a década de 1970. Participou também, durante dez anos, da Nova Banda, grupo musical criado por Tom Jobim em 1984 para acompanhá-lo em shows e gravações. Destacado como violoncelista, Jaques estudou música no Brasil e é bacharel em violoncelo pelo England Conservatory, em Boston, nos Estados Unidos. Em 1995, integrou o Quarteto Jobim Morelenbaum, juntamente com Paula Morelenbaum, Paulo Jobim e Daniel Jobim. Foi também fundador do grupo M2S, ao lado de Paula Morelenbaum e do pianista e compositor japonês Ryuichi Sakamoto. Participou e colaborou em trabalhos de artistas como Tom Jobim, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Egberto Gismonti, Gal Costa, João Bosco, Leonard Bernstein, Sting, Mstislav Rostropovich, David Byrne, Cesária Évora, ente outros. 

CelloSam3aTrio 
Artista inquieto, Jaques Morelenbaum criou o CelloSam3aTrio em 2004, a partir da inspiração em João Gilberto e a complexa simplicidade do baiano, na qual o violão, sua voz e a percussão bastam. O violoncelo de Morelenbaum, após anos trabalhando com Tom Jobim em sua Nova Banda, pedia espaço às composições fundadas no samba. Para tanto, chamou o virtuose Lula Galvão para o posto de violonista no trio, cuja formação se consolida em 2007 com a bateria / percussão de Rafael Barata. Juntos, lançaram seu primeiro álbum em 2014, “Saudade do Futuro – Futuro da Saudade”, uma homenagem a grandes mestres da música popular brasileira, interpretando obras de nomes como João Gilberto, Tom Jobim, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Carlos Lyra, João Donato e outros. 

FICHA TÉCNICA 

Direção artística e produção musical: Jaques Morelenbaum  
Violoncelo: Jaques Morelenbaum  
Violão: Lula Galvão  
Bateria e Percussão: Rafael Barata  
Contrabaixo acústico: Zeca Assumpção  
Flauta e Saxofone: Carlos Malta 
Piano: Cristóvão Bastos   
Ilustração: Luiz Zerbini  
Projeto gráfico: Alexandre Calderero  
Fotos: Matheus José Maria  
Produção executiva: Zé Alexandre (ZPORZ Multi Artes)  
Engenharia de som: Gustavo Dias do Vale  

Gravado no Estúdio Gargolândia em setembro de 2021  
Mixado por Gustavo Dias do Vale  
Masterizado por Carlos Freitas (Classic Master USA) 

 

• SERVIÇO 

Selo Sesc lança o álbum “Flor do Milênio”, de Jaques Morelenbaum CelloSam3aTrio 

Com direção artística do próprio Jaques Morelenbaum, o disco apresenta composições inéditas, além de pinçar pérolas do repertório do trio compostas ao longo dos mais de 18 anos de atuação do grupo, que conta com Rafael Barata na bateria e percussão e Lula Galvão no violão. Há espaço ainda para composições consagradas de Chico Buarque e Dorival Caymmi, que ganham nova roupa com o timbre único da combinação do violoncelo de 5 cordas, do violão e da bateria. O álbum ainda conta com participações especiais de Cristóvão Bastos (piano), Carlos Malta (flauta e saxofone) e Zeca Assumpção (contrabaixo acústico). 

A partir de 4 de março nas principais plataformas de streaming e gratuitamente no Sesc Digital. 

 

• SOBRE O SELO SESC 

Criado há 18 anos, o Selo Sesc tem o objetivo de registrar a amplitude da produção artística brasileira construindo um acervo pontuado por obras de variados estilos, épocas e linguagens. Em 2020, foram lançados no mercado digital os álbuns: Sessões Selo Sesc #6: Rakta + Deafkids, Sessões Selo Sesc #7: João Donato + Projeto Coisa Fina, Sessões Selo Sesc #8: Toada Improvisada – Jackson do Pandeiro 100 anos e Sessões Selo Sesc #9: ...And You Will Know Us By Trail Of. O CD-livro São Paulo: paisagens sonoras (1830-1880) da pesquisadora e cantora Anna Maria Kieffer; o DVD Exército dos Metais, da série O Som da Orquestra, O Romantismo de Henrique Oswald (José Eduardo Martins e Paul Klinck); os CDs físico e digitais Dança do Tempo (Teco Cardoso, Swami Jr. e BB Kramer), Espelho (Cristovão Bastos e Maury Buchala), Eduardo Gudin e Léla Simões, Recuerdos (Tetê Espíndola, Alzira Espíndola e Ney Matogrosso), Música Para Cordas (André Mehmari), Estradar (Verlucia Nogueira e Tiago Fusco), Tia Amélia Para Sempre (Hercules Gomes), Gbó (Sapopemba), Acorda Amor (Letrux, Liniker, Luedji Luna, Maria Gadú e Xênia França), Copacabana - um mergulho nos amores fracassados (Zuza Homem de Mello), Tio Gê - O Samba Paulista de Geraldo Filme (vários artistas) e os álbuns digitais Mar Anterior (Grupo ANIMA), Olorum (Mateus Aleluia), Nana, Tom, Vinicius (Nana Caymmi), Jardim Noturno – Canções e Obras para Piano de Claudio Santoro (Paulo Szot & Nahim Marun), 7 Caminos (Emiliano Castro), São Paulo Futuro – A Música de Marcello Tupynambá (Vários Artistas), Cantos da Natureza (Pau Brasil), O Fim da Canção (Luiz Tatit, Zé Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski), Sessões Selo Sesc #10: Carne Doce, Sessões Selo Sesc 11: Orquestra Sinfônica de Santo André + Hamilton de Holanda, Claudio Santoro – Obra completa para violino e piano (Alessandro Santoro e Emmanuelle Baldini) e O Anel – Alaíde Costa canta José Miguel Wisnik (Alaíde Costa). Já em 2021, a gravadora lançou exclusivamente no ambiente digital os discos Villa-Lobos Trios (Claudio Cruz, Ricardo Castro, Antonio Meneses e Gabriel Marin), Viola Paulista – Volume II (Vários Artistas), Francisco Mignone: Manuscritos de Buenos Aires e Canções para Voz e Violão (Fernando Araújo, Celso Faria e Mônica Pedrosa), Akhenaten Bazucas (GOATFACE!), A Paisagem Zero (Helô Ribeiro), Tempo Tátil (Vladimir Safatle), Forró de Rabeca (Mestre Luiz Paixão); Outros Espaço (Rodrigo Brandão & Sun Ra Arkestra), De Sol a Sol (Toninho Ferragutti & Quinteto de Cordas), Poéticas (tributo ao poeta Jorge Salomão), Meneleu Campos (Quarteto Carlos Gomes) e Parabéns, Tânia! (Projeto Tânia Maria). Neste ano, a gravadora acaba de lançar o álbum Toda Semana: Música e Literatura na Semana de Arte Moderna (Vários Artistas) com um apanhado da ambiência sonora, poética e musical da Semana de 22. 

 

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