CINEMA

Francis Ford Coppola processa revista americana em US$ 15 milhões após acusação de assédio em set

Cineasta foi acusado de tentar beijar figurantes no set de 'Megalópolis'

Adam Driver e Nathalie Emmanuel em cena de MegalópolisAdam Driver e Nathalie Emmanuel em cena de Megalópolis - Foto: Divulgação

Francis Ford Coppola, cultuado diretor de clássicos como "O poderoso chefão" e "Apocalypse now", está processando a revista Variety e dois de seus editores após a publicação de matéria que acusa o cineasta de comportamento impróprio no set de seu último longa, "Megalópolis", incluindo tentar beijar figurantes durante as gravações.

Coppola, de 85 anos, busca uma reparação de US$ 15 milhões, o que é equivalente a mais de R$ 80 milhões na conversão atual.

A matéria publicada em julho dizia que o diretor chegou a puxar figurantes para seu colo e tentou beijá-las durantes as gravações de uma cena de festa. A publicação foi acompanhada de dois vídeos, em que o diretor parecia tentar abraçar e beijar figurantes, em meio a uma equipe.

Após a publicação, uma figurante do filme, Rayna Menz, negou que o diretor tenha tido qualquer tipo de comportamento impróprio durante as gravações, e que o contato com os atores e atrizes era no sentido de "mostrar o espírito da cena".

Na sequência, no entanto, outra atriz, Lauren Pagone, reforçou à Variety o desconforto sentido com o comportamento do diretor.

O diretor vendeu parte de sua vinícola, na Califórnia, para colocar US$ 120 milhões de seu próprio bolso na produção. O longa passou pelo Festival de Cannes, em maio, e pelo Festival de Toronto, na semana passada. A estreia nos cinemas brasileiros acontece no próximo dia 31 de outubro.

Em seu processo, Coppola afirma que pediu à Variety que retirasse o artigo e forneceu evidências de que sua reportagem era falsa. A Variety “recusou e dobrou a aposta”, destaca o processo.

“Ver nossos esforços coletivos contaminados por reportagens falsas, imprudentes e irresponsáveis é devastador”, disse Coppola em comunicado divulgado na quarta-feira, dia em que deu entrada no processo no tribunal estadual da Califórnia.

“Nenhuma publicação, especialmente um meio de comunicação tradicional da indústria, deve ter a possibilidade de usar vídeos amadores e fontes não identificadas em busca de seu próprio ganho financeiro.”

Brooke Jaffe, porta-voz da Penske Media Corporation, editora responsável pela Variety, disse em comunicado que “embora não comentemos sobre litígios ativos, apoiamos nossos repórteres”.

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