Frieze cancela feiras de arte em Londres por causa do coronavírus
São a Frieze London, de arte contemporânea, e a Frieze Masters, com galerias especializadas em obras históricas
A Frieze suspendeu nesta terça (14) a realização de suas duas feiras de arte londrinas, programadas para outubro, por causa da pandemia do novo coronavírus. Eram a Frieze London, de arte contemporânea, e a Frieze Masters, com galerias especializadas em obras históricas.
Assim como a edição nova-iorquina do evento, cancelada em maio pelo mesmo motivo, ambas terão versões digitais.
Numa carta endereçada aos galeristas, a Frieze justificou a decisão afirmando que as restrições envolvendo lotação de espaços e a exigência de os viajantes ficarem em quarentena antes de saírem às ruas impossibilitaram a realização do evento.
Um mês antes, os organizadores tinham alertado os galeristas que, se a feira acontecesse, seria realizada numa escala reduzida, provavelmente combinando ambas Frieze London e Frieze Masters num mesmo local.
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Eles ainda prometeram devolver integralmente o investimento dos galeristas em caso de cancelamento. O anúncio da Frieze ainda põe em dúvida se Londres terá este ano a "Frieze Week", como é conhecida a semana da feira.
Assim como a SP-Arte, em São Paulo, a quantidade de forasteiros que o evento atrai costumava motivar galerias, museus, centros culturais e casas de leilão a montar toda uma programação paralela especial.
Mas, segundo galeristas ouvidos pelo The New York Times, os espaços estão inseguros de reabrir em outubro.
A Frieze é uma de muitas feiras de arte que tiveram suas edições canceladas este ano em razão da pandemia. No início de março, a Tefaf Maastricht, na Holanda, chegou a receber o público, mas foi fechada quatro dias antes do previsto, quando um galerista foi diagnosticado com Covid-19.
Depois, a Art Basel Hong Kong, a Frieze em Nova York, a SP-Arte e a Art Basel, em Basileia, foram suspensas. A Art Basel ainda encaminhou um comunicado a galerias dizendo que não sabe se realizará feiras presenciais até o final do ano, o que inclui a sua edição em Miami em dezembro.
O contexto causa apreensão no mercado de arte -segundo o relatório mais recente da Art Basel, as feiras são responsáveis por 45% de todo o faturamento anual das galerias.