Cinemateca Pernambucana tem aumento de 736% nos acessos
Plataforma de streaming da Fundaj alcançou a marca de 286,7 mil acessos em 2020. No ano anterior, foram 38,9 mil
A Cinemateca Pernambucana, da Fundação Joaquim Nabuco, divulgou o balanço de acessos ao seu site. Em 2020, o portal obteve 286.693 visitas nas 261 produções cinematográficas disponíveis. No ano anterior, a marca foi de 38.928. Isto é, um aumento de 736,46% nos acessos.
Para a coordenadora do Cinema da Fundação e Cinemateca Pernambucana, Ana Farache, os números atestam a importância de disponibilizar as produções para o acesso virtual, sobretudo na pandemia. “Com o distanciamento social e fechamento das salas de cinema, os acessos diários foram tão grandes que dobramos nosso link para melhor atender ao público”, revela.
Depois de Pernambuco, onde houve a concentração de 59% dos acessos, São Paulo (10,53%), Rio de Janeiro (5,57%), Bahia (3,40%), Minas Gerais (2,94%), Ceará (2,70%), Paraíba (2,43%), Rio Grande do Norte (2,31%), foram os estados brasileiros com o maior percentual de engajamento. O balanço revelou ainda que 1,98% dos acessos foram realizados dos Estados Unidos. Portugal (0,71%), França (0,43%) e Argentina (0,31%) também visitaram o acervo do cinema pernambucano.
O dia 31 de março reservou 21.376 dos acessos totais, sendo o recorde. Na data, obras que até então só poderiam ser conferidas no espaço foram liberadas para o acesso remoto. O reforço das mídias sociais e o monitoramento do sistema de streaming contribuíram para a marca.
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Dentre as produções, os sucessos de audiência tratam de aspectos profundos desses Brasis, como os dramas A História da Eternidade (7.203 acessos), de Camilo Cavalcante, ambientado no Sertão; e Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (2.688), de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz, que fala das solidões. Mas não foram apenas as ficções que renderam cliques, o documental O Silêncio da Noite É Que Tem Sido Testemunha das Minhas Amarguras (4.092), de Petrônio Lorena, investiga a poesia do Pajeú e também foi campeão de acessos. O remake da comédia O Auto da Compadecida (2.770), de Guel Arraes, adaptado para o público surdo, e o curta-metragem A Arte de Ser Profano (3.079), de Fernando Spencer, completam o ranking.
Cinemateca Pernambucana
Inaugurada em 2018, a Cinemateca Pernambucana funciona no Campus Gilberto Freyre, da Fundaj, em Casa Forte, na Zona Norte do Recife. Quase 300 filmes, entre curtas e longas-metragem, podem ser conferidos no acervo do espaço. São produções que datam desde 1924 até os dias atuais. A Cinemateca se constitui, também, como centro avançado de estudos e pesquisas na área do cinema. Confira as produções em cinematecapernambucana.com.br